Alysson Paolinelli é um símbolo vivo dessa obra legítima brasileira | Foto: Divulgação
O Oeste da Bahia, todo nosso cerrado, era considerado improdutivo no passado. Até uma expressão jocosa havia: “terra no cerrado? Nem dada nem herdada”. E tudo isso mudou a partir da tecnologia, onde Alysson Paolinelli é um símbolo vivo dessa obra legítima brasileira.
Outros brasileiros foram fundamentais da mesma forma e, com pesar, registramos aqui o falecimento de Herbert Bartz, na semana passada, um dos pioneiros do plantio direto no Brasil, fez a revolução da agricultura tropical, o que nos coloca com forte posição no sistema de baixo carbono.
Alysson foi ministro da Agricultura e símbolo da transformação da agropecuária no Brasil, o que permitiu a evolução do agronegócio. Foi indicado para o Nobel da Paz. E, em nome da paz, que venha o Alysson Paolinelli nos ajudar também como “pacificador" dos espíritos nacionais.
A nomeação foi protocolada no conselho norueguês do Nobel (the norwegian Nobel Committee), pelo diretor da Esalq, professor Durval Dourado Neto. Alysson foi um acelerador da Embrapa nos anos 70, criou bolsas de estudos para brasileiros no exterior. Em 2006 ganhou o prêmio World Food Prize, um equivalente a um Nobel da alimentação.
Este agrônomo formado na Universidade Federal de Lavras ao longo dos últimos 50 anos, desde a Secretaria de Agricultura de Minas Gerais em 1971 até 2021, significa um símbolo da produção de alimentos no Brasil e em todo cinturão tropical do planeta.
Mas Alysson da Paz não sossega. Jamais estaciona. E continua nos inspirando para a gestão precisa de cada microbioma. E fala agora da água, da irrigação, para darmos outro salto, outro tanto na produção de alimentos, fibra, energias. E como sempre, acima disso tudo, gerar dignidade humana e criar riqueza onde somente havia, antes, a pobreza.
Um outro agrônomo em 1970 ganhou o Nobel da Paz, Norman Borlaug. Levou alimentos para o mundo. A revolução verde.
O Nobel da Paz em 2021, 50 anos após Norman Borlaug, para outro agrônomo que fez de sua vida a luta pelo alimento é justo e merecido.
E que assim possa ser. Os brasileiros nunca precisaram tanto de um só brasileiro como agora. Pois além e acima de tudo, significará uma mensagem de paz, em meio a raiva, ódios, desavenças e desunião no país com estes versus aqueles. Alysson, o guerreiro da paz. Que nos traga o Nobel e “a paz”. Afinal, o agronegocio vive da paz.