Está preso na delegacia de Nova Fátima (a 220 km de Salvador) João Jovino da Silva, 55 anos, acusado de aplicar golpe de estelionato em várias famílias e comerciantes da cidade e municípios circunvizinhos. Utilizando o nome da Construtora Mendes Júnior, ele contratou pessoas, alugou imóveis e até realizou compras de material de construção com a alegação de que a empresa faria uma terraplanagem para a duplicação da BR 324. De acordo com estimativas da polícia, o acusado ganhou mais de 20 mil com os golpes.
João Jovino foi preso por policiais rodoviários federais próximo ao Posto Trevo, na entrada de Feira de Santana (a 109 km da capital baiana). Com ele, a polícia encontrou documentos em nome de terceiros e dois veículos: um Gol, placa KQA 8897, e uma Saveiro, placa GUZ 4857. "A PRF já confirmou que a Saveiro foi clonada e o Gol tem restrição de roubo. Só nos resta confirmar se foi ele quem roubou o carro ou se é apenas um receptador", afirmou o delegado Mário Alves, responsável pelas investigações.
De acordo com o chefe de policiamento da PRF em Senhor do Bonfim, inspetor Jéferson Moraes, uma ligação anônima informou sobre o golpe. Ao investigar a denúncia, ficou comprovado que não havia nenhuma ordem da construtora para obras na região. "Entramos em contato com comerciantes locais e checamos a informação. Então procuramos o Ministério Público, que confirmou com a empresa que não havia nenhuma obra neste trecho. Montamos barreiras e conseguimos prender o acusado já próximo a Feira de Santana, tentando fugir", informou.
Na delegacia João Jovino informou que era ex-funcionário da construtora, onde exerceu a função de encarregado de campo, e que havia sido demitido há oito anos, mas que continuava trabalhando para um funcionário da empresa identificado apenas pelo prenome de Fernando. "Ele me pagou 6 mil para vir iniciar os trabalhos aqui, pois na sexta-feira chegariam os encarregados da obra. Não estou aplicando golpe em ninguém, já trabalho com ele há alguns anos e nunca houve problema", alegou.
Leia