Foi presa em flagrante na noite desta quinta-feira (29) em Porto Seguro (a 709 km de Salvador, no extremo sul do Estado), Célia Alves de Souza, 38, acusada de estar com um bebê do sexo feminino, com um mês de idade, que não é dela – mas que foi apresentado como tal. Um exame de DNA provou também que o bebê não é de um homem que seria o pai da criança.
A polícia passou a investigar Célia depois que Valto Antônio Matias, 40, deu queixa na polícia, pedindo para investigar o caso, pois Célia apareceu sem barriga há poucos dias do parto. Primeiro, ela disse à polícia que deu a criança para uma família de São Paulo, mas não soube explicar direito para quem. Mudou a versão e afirmou que fez um aborto em uma clínica de Eunápolis, a qual ela também disse que não tinha informações sobre onde fica.
Pouco tempo depois, ela apareceu com a criança dizendo ser dela, mas sem apresentar registro de nascimento e sem informar onde foi o parto. Segundo o delegado Renato Ribeiro, Célia foi autuada no artigo 242 do Código Penal Brasileiro por "dar parto alheio como próprio" e pode pegar de dois a seis anos de prisão.
Célia perdeu a guarda das três filhas de 5, 10 e 12 anos, que foram encaminhadas pelo Conselho Tutelar para a casa de uma tia, em Trancoso. Já o bebê, que não tem nome, passará a noite em um abrigo. Nesta sexta, às 9h, serão realizados novos exames de DNA em Célia, em Valto e no bebê, que será encaminhado para o Abrigo Irmã Terezinha, em Eunápolis.