Em Varzedo, no caminho para Amargosa, mais precisamente no Km-21 da BA-026, o
visitante tem mais deleites visuais. O cenário natural continua a surpreendê-lo,
com serras verdejantes e fazendas que se misturam na paisagem formando aquele
clima bem interiorano e agradável. Assim, chega-se à Fazenda Serra da Jibóia, na
localidade do Braga, onde o empresário Getúlio Rodrigues Leal mantém o hábito,
ele mesmo, de tirar leite do gado e fazer caminhadas na Mata Atlântica, por
entre árvores frutíferas de tipos os mais variados.
Ao todo, são duas mil
tarefas de terra com mata preservada, onde proliferam árvores de frutos tão
deliciosos quanto o caju, sapoti, jambo e jabuticaba, sem faltar os pés de
laranja, as bananeiras e até frutas exóticas, como o mangustão. No local tudo é
preservado e a mata permanece intocável. “As caminhadas são muito apreciadas
pelos visitantes da região. São 2 km pela estrada de barro até uma cachoeirinha.
As águas das nascentes da fazenda ainda abastecem as propriedades de 59 famílias
e cinco fazendas que não dispõem de água potável”, ressalta Getúlio.
BELEZA
NATURAL – Cachoeiras e nascentes de rios caudalosos e de água fria e pura
surpreende o visitante que chega ao Vale do Jiquiriçá. Na região de Amargosa,
por exemplo, cursos d’água que despencam entre morros e encostas marcados pela
exuberante vegetação da Mata Atlântica compõem a beleza natural do vale. Com
todo este potencial, os fazendeiros logo se convenceram da necessidade de
explorar a região, tornando-a um promissor circuito de turismo rural da Bahia.
Esta é uma alternativa perfeita para quem já descobriu as vantagens econômicas
da atividade, oferecendo aos hóspedes dos hotéis-fazenda opções de lazer em
contato direto com a natureza. Enfim, a vida no campo, com seu cotidiano
tranqüilo e a prática diária de caminhadas, revigorantes banhos de cachoeiras,
passeios a cavalo ou de charrete. Uma viagem ao Vale do Jiquiriçá encanta o
visitante logo à primeira vista.
A boa impressão se completa no decorrer da
estada, com os passeios por vales e serras. A região é entrecortada por rios e
riachos que serpenteiam entre as reservas de mata nativa e trechos de pastagens
de gado. Por lá também existem fazendas dedicadas à plantação e colheita do
cacau e de especiarias como cravo, guaraná e pimenta-do-reino. O clima da região
é uma atração à parte. Mesmo durante o verão a temperatura é amena, ideal para
os banhos de rio ou cachoeira. No inverno, contudo, impera um gostoso e frio
clima de serra, podendo chegar a 16 graus, um convite perfeito para tranqüilas
temporadas regadas a queijos e vinho.