Terminou na manhã desta terça-feira, 26, a rebelião no presídio de segurança máxima de Serrinha (a 173 km de Salvador). O motim teve início na noite de segunda, 25, e alguns presos fizeram o agente carcerário Cristiano Soares de Souza refém.
O agente, que supostamente foi rendido no momento em que os presos retornavam para a cela e ocorreria a contagem, foi envolvido em lençol encharcado de álcool enquanto os detentos exigiam a remoção para outra unidade em Salvador.
O COE (Comando de Operações Especiais) foi acionado, na esperança de resgatar o refém, mas os especialistas entenderam que a tentativa colocaria em risco a vida de Cristiano. Ainda durante o começo da rebelião, o superintendente de assuntos penais da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SDJH), Isidoro Orge, chegou ao presídio para negociar com os detentos.
De Serrinha, participaram das negociações um juiz, uma promotora, um defensor público e a irmã Maria, da Pastoral Carcerária (PC).
Os rebelados acabaram conseguindo a transferência para a Unidade Especial Disciplinar, em Salvador, onde estarão livres do rígido regime disciplinar adotado na unidade do interior. Todos são presos provisórios, à espera de sentença. Entre eles estão Alberto Vasconcelos da Cruz Júnior, preso por latrocínio, Valderson Leandro dos Santos e Fábio Cruz de Souza, presos por roubo e Mauro Sérgio Souza, preso por tráfico.
De acordo com a PC e um funcionário da portaria do presídio o agente não ficou ferido. Segundo dados da SDJH, o Conjunto Penal de Serrinha tem capacidade para 476 presos e estava com 410.