O secretário estadual do Planejamento, José Sergio Gabrielli, assina o acordo com Jaques Wagner
Uma licitação em caráter emergencial será aberta, nos próximos seis meses, para a recuperação do sistema ferryboat, prometeu, nesta segunda-feira, 25, o governador da Bahia, Jaques Wagner. O anúncio foi feito durante a assinatura do acordo de cooperação técnica para a construção da ponte Salvador-Itaparica, na sede da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
Wagner adiantou que o governo está estudando a compra de novas embarcações e, posteriormente, a abertura de nova licitação, dessa vez, definitiva, para uma nova concessão para administrar o sistema.
"Mesmo com a construção da ponte, o sistema ferryboat está garantido dentro das limitações que temos. A ponte será um meio alternativo para os passageiros. Ao tempo em que estiver sendo construída, iremos melhorar a travessia", afirmou Wagner.
Ponte - O acordo de cooperação técnica para a construção da ponte Salvador-Itaparica foi assinado por Representantes do Governo do Estado e dos municípios de Salvador, Vera Cruz, Itaparica e Jaguaripe, na manhã desta segunda-feira, 25.
O acordo vai facilitar os estudos para a elaboração do Plano de Desenvolvimento Socioeconômico da Ponte, que faz parte do Sistema Viário Oeste (SVO) juntamente com ações de duplicação de rodovias, desapropriações e investimentos em infraestrutura.
O projeto de construção compreende a modelagem econômico-financeira, projetos conceituais de engenharia, estudos de impactos ambientais e culturais. Além dos municípios envolvidos no acordo de cooperação, o projeto vai beneficiar a Região Metropolitana, o Recôncavo Baiano e o Baixo Sul.
O prefeito de Salvador, ACM Neto, também ressaltou a importância do empreendimento para Salvador e afirmou que o Executivo municipal vai colaborar nos estudos sobre os impactos provocados pela construção da ponte. O prefeito informou, ainda, que já está planejando obras viárias para a Cidade Baixa e Subúrbio Ferroviário, locais que serão afetados pela construção.
ACM Neto citou, no entanto, dois aspectos que precisam ser levados em conta entre a Prefeitura e o governo: o impacto no trânsito e a valorização do potencial econômico da Cidade Baixa e do Subúrbio Ferroviário. "Hoje, a grande ligação rodoviária de Salvador é na BR-324. Agora, com a ponte, teríamos uma nova saída integrando a cidade à ilha e ao Recôncavo. É preciso examinar o impacto do trânsito e preparar a cidade do ponto de vista do transporte público, diante do grande fluxo diário nesse novo vetor de crescimento de Salvador", afirmou, em nota enviada à imprensa.