O laudo técnico do Instituto Médico Legal (IML) comprovou que a enfermeira Maria das Graças Lopes Campos não teve culpa pela morte do bebê Roger Andrey dos Santos Souza, de 11 meses, vítima de envenenamento em setembro do ano passado, segundo informações do Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA).
Maria das Graças foi acusada de erro médico ao realizar procedimento de lavagem estomacal no bebê, no posto de saúde do município de Vilas de Abrantes, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), após a criança dar entrada na unidade por ter ingerido grande quantidade de chumbinho.
De acordo com o Coren, o laudo constata que a causa da morte da criança foi o envenenamento (intoxicação exógena) e não teve qualquer relação com o procedimento realizado pela enfermeira. No dia 2 de agosto, deve acontecer uma sessão de desagravo (reparação moral) quanto ao caso. Na ocasião, segundo nota encaminhada pela assessoria de imprensa, será apresentado o teor do laudo da necropsia, com as conclusões sobre a morte do bebê.
Chumbinho
Em boletim de ocorrência registrado na 26ª Delegacia Territorial de Vila de Abrantes, no dia 17 de setembro de 2012, os pais do garoto André Nunes e Eliana Santos explicaram que o bebê teria descido da cama e engatinhado até a cozinha, onde engoliu o veneno que estava em rodelas de calabresa, preparadas como isca para matar ratos na casa em que moravam.
Segundo a polícia, os pais da criança informaram, em depoimento, que ao encontrar o garoto, ele estava ativo, mas ainda assim foi levado para um posto médico da região, onde passou pelos procedimentos de lavagem estomacal.
Conforme o Coren, foi prescrita pelo médico responsável pelo atendimento uma lavagem estomacal. Durante o procedimento realizado pela enfermeira, a criança começou a apresentar os sintomas do envenenamento, o quadro dele se agravou e ele não resistiu à intoxicação.