Menino foi agredido com chineladas no último sábado, 10
A polícia civil da cidade de Jacobina, a 340 km de Salvador, está investigando um caso de agressão cometido contra uma criança de 11 anos no final de semana. O fato ocorreu na noite de sábado, 10, mas só foi denunciado para a polícia no domingo, 11. O garoto apresenta vários hematomas nas costas e braços provocados por uma surra de sandália. Familiares do menino apontam o autônomo Joselito de Souza Pereira, 32 anos, como sendo o autor da agressão. Ele foi preso e encaminhado para a delegacia.
De acordo com informações do delegado Damião Gomes de Lacerda, responsável pelas investigações, o garoto foi agredido após o padrasto chegar em casa e encontrá-lo brincando na rua. "Nervoso e sob o efeito de bebida alcoólica, ele chamou o enteado e aplicou uma surra de sandálias. Um tio da criança, revoltado com a situação, o denunciou para a policia militar que o encontrou bebendo em um bar", contou.
Na delegacia, ainda segundo o delegado, o suspeito não negou o crime e alegou que bateu na criança porque o mesmo não o obedecia e o desafiava constantemente. "Ele não apresentou arrependimento, já que repetiu por várias vezes que o garoto é danado e que não obedece ninguém", disse o delegado. O menino foi submetido a exame de corpo de delito que confirmou a agressão. Ele prestou depoimento ao delegado e apontou o padrasto como autor da agressão.
A mãe do garoto, que não teve a identidade revelada, e outros familiares foram ouvidos e, segundo o delegado, afirmaram que foi a primeira vez que o suspeito agrediu a criança. "Inicialmente ele será indiciado por lesão corporal através de violência doméstica, mas estamos checando se há outros crimes como maus tratos e tortura", explicou Damião Gomes.
Como não houve flagrante, o suspeito foi ouvido e liberado. A mãe do garoto também está sendo investigada e caso se confirme que ela foi omissa no momento da agressão, ela poderá ser indiciada por tortura. "Ainda estamos levantando tudo isto, mas o importante é que o caso foi denunciado e as medidas cabíveis adotadas imediatamente", afirmou o delegado. "Temos 30 dias para concluir o inquérito e estamos investigando tudo que chega ao nosso conhecimento", garantiu.
O garoto, após ser submetido a exame de corpo de delito, foi encaminhado para uma unidade de saúde onde foi medicado e posteriormente liberado.