O secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia, Nestor Duarte, afirmou na manhã desta segunda-feira, 25, durante coletiva de imprensa, que o órgão não sabe como as armas entraram no Conjunto Penal de Feira de Santana, onde uma rebelião iniciada no domingo, 24, deixou nove detentos mortos.
Duarte ressaltou ainda a origem destas armas será apurada. Segundo ele, as revistas nas celas são realizadas a cada 45 dias. Durante estas ações, os agentes normalmente encontram armas brancas do tipo faca. Entretanto, não havia conhecimento sobre armas de fogo no local.
Três destas armas estavam em posse dos detentos, sendo dois revólveres, calibres 38 e 32, e uma pistola.
A rebelião chegou ao fim nesta manhã, após as negociações realizadas pela polícia. O secretário viajou ao município para participar do processo de negociação.
Foram confirmadas as mortes de nove presos. Entre eles estão Jailson Lázaro Souza Ramos (conhecido pelo apelido de "Escrepildes"), José Sirla da Silva Ribeiro, Alisson Rodrigues Oliveira Bastos (vulgo AL), Haroldo de Souza Brito (Haroldinho) e Deoclédio dos Santos. Além deles, a família de Juliel Pereira dos Santos também confirmou a sua morte.
De acordo com o diretor do presídio, Cleriston Leite, o motim aconteceu no pavilhão 10, que tem capacidade para 152 pessoas, mas estava com 340 presos.
"A guerra entre as facções os levou a se rebelarem. Um grupo quer comandar os presos e por isso eles se desentenderam", afirmou.
Segundo informação de familiares dos presos, a rebelião começou a partir de uma briga entre integrantes das facções CT - comandada por Aroldo Brito, que foi morto - e Caveira. A ordem para matar o líder da CT teria partido de um ex-detento.