Passageira é conduzida sem o capacete, no IAPI
De 2013 a 2014, as infrações cometidas por condutores de moto tiveram um aumento de 21%, segundo informações da Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador).
No ano passado, foram registradas 35.394 infrações contra as 29.023 de 2013. Transitar em velocidade superior à máxima permitida na via e o avanço de sinal lideraram o ranking.
Este ano foram registradas 13.275 infrações entre janeiro e julho. Diferentemente dos anos anteriores, a não utilização do capacete pelo passageiro figurou no terceiro lugar dentre as irregularidades mais frequentes.
O diretor de trânsito Marcelo Corrêa explica que a queda do avanço de semáforo - que nos anos anteriores era a terceira infração mais cometida - deve-se à redução dos radares que fiscalizam esse tipo de infração. "O contrato vigorou até o início do ano. Já voltamos a instalar os equipamentos, mas demos prioridade aos de velocidade", disse.
Transitar em alta velocidade e avançar sinal costumam ser as infrações mais frequentes, porque são monitoradas por fotosensores. No entanto, basta observar o trânsito por alguns minutos, em algum bairro da cidade, para presenciar várias pessoas sem capacete.
A TARDE observou, pelo menos, 20 pessoas sem o item de segurança na rua Conde Porto Alegre, no IAPI, em menos de dez minutos, na última quinta-feira.
Corrêa afirma que a infração é monitorada nas blitzes feitas pelo órgão e que é mais comum em bairros periféricos da cidade. "As pessoas acham que nos bairros periféricos não é preciso usar capacete, até por saberem que as nossas ações se concentram em vias de maior circulação, no centro da cidade", diz.
O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-Ba) não soube precisar o número de infrações registradas nos últimos anos em toda a Bahia, mas, segundo o diretor-geral Maurício Bacelar, a média é de 12 a 13 mil ao mês.
Mototaxistas
Uma das reivindicações do presidente do Sindicato de Motociclistas, Motoboys e Mototaxistas da Bahia (Sindimoto-BA), Henrique Baltazar, é a regulamentação da profissão de mototaxistas em Salvador.
"Há cerca de oito mil pessoas trabalhando na clandestinidade, na maioria das vezes sem habilitação. Mas, queremos uma regulamentação que atenda aos anseios da categoria", diz.