Manifestação muito popular no Nordeste se baseia em antigas tradições ibéricas
O município de Saubara, no Recôncavo baiano, será ponto de encontro dos participantes e demais admiradores do Encontro de Cheganças da Bahia, programado para sexta-feira, 7, e sábado, 8.
As atividades do primeiro dia desta que é a terceira edição começam às 19h. No sábado, a partir das 9h. A programação inclui debates, desfile de dez grupos locais e de fora (vindos dos municípios de Jacobina, Cairu, Camaçari, Taperoá e Remanso) e apresentação no palco principal.
Os grupos retratam fatos históricos de forma lúdica. Nesse dia, Saubara se "enche de canto, como se fosse as ondas desse mar imaginário", diz Rosildo Rosário, coordenador-geral do evento, ao salientar que os enredos se desenvolvem num mar fictício.
O encontro é um dos mais importantes espaços para o fortalecimento da cultura popular na Bahia, de acordo com Rosildo Rosário, que é o contramestre da Chegança dos Marujos Fragata Brasileira, de Saubara . Este ano, o secretário de Cultura do estado da Bahia, Jorge Portugal, participa no sábado da roda de conversa com os membros dos grupos.
Pleito
"Vamos aproveitar e conversar sobre o pedido de registro da Chegança como patrimônio cultural da Bahia. O processo foi aberto e está em fase de finalização do dossiê para a inscrição no livro", salienta o secretário Jorge Portugal.
Também participam da conversa o diretor do Ipac, João Oliveira, e Arani Santana, diretora do Centro de Cultura Identitária e Popular da Bahia. O coordenador ressalta que todos que participam diretamente reconhecem a magnitude que esta manifestação representa para a cultura nacional.
"São mais de duas dezenas de grupos espalhados por todo o estado. Com esse movimento, busca-se incentivar a permanência da tradição da Chegança na Bahia", salientou Rosário. Além disso, o evento promove o encontro de mestres dessa manifestação.