EM 2014, policiais ficaram amotinados no antigo parque aquático Wen't Wild
O comandante-geral da PM, Anselmo Brandão, demitiu quatro PMs que participaram da greve da categoria em 2012. De acordo com os representantes dos militares, o comando ignorou um acordo com os policiais militares do estado da Bahia, firmado em 2014, anistiando todos os integrantes do movimento de 2012. As demissões foram publicadas no Boletim Geral Ostensivo (BGO) da sexta-feira, 9, e em 28 de setembro.
"É temerária a decisão do Governo de ignorar documento assinado pelos representantes do Estado, garantindo a anistia aos militares. A tropa está insatisfeita. O que eles pretendem com tanta arbitrariedade?", questionou o deputado estadual soldado Prisco, fundador da Associação dos Policiais e Bombeiros Militares e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), por meio de nota.
O compromisso foi assinado pelo secretário de segurança pública, Maurício Teles Barbosa, o então comandante da PM, Alfredo Castro, e foi um dos principais pontos que pôs fim à paralisação da categoria de abril de 2014.
Em nota, a PM esclarece que as demissões publicadas recentemente nos Boletins Gerais Ostensivos da Corporação não ferem o acordo firmado em 2014, pois este não abrangia os atos praticados com violência ou fazendo apologia à violência. "Dos 36 policiais militares acusados de cometerem atos contra a administração da PMBA, apenas os quatro casos de maior gravidade, que repercutem de forma direta nos preceitos basilares da instituição, culminaram com a pena mais grave da esfera administrativa.", informa a nota.
A PM salienta ainda que "as condutas que ferem gravemente os princípios constitucionais da hierarquia e da disciplina precisam ter a culminação legal que prevê o estatuto próprio que rege a PMBA".