Os serviços de ambulatório e cirurgias eletivas no Hospital Regional de Juazeiro, a 513 km de Salvador, estão suspensos desde esta terça-feira, 26, e só voltarão ao normal a partir de quinta, 28. O anúncio é do Sindicato dos Médicos do estado da Bahia (Sindimed).
A paralisação de advertência de 48 horas foi comunicada por meio de ofício no dia 19 deste mês à Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), depois que a categoria aprovou o movimento em assembleia.
Segundo o delegado do Sindimed na cidade, José Carlos Tanuri Júnior, os funcionários do hospital não receberam salários de fevereiro e março, "mas a manifestação também cobra melhorias para o atendimento à população", frisou.
O sindicalista estima que, além das equipes de apoio na área médica e administrativa, 75 médicos tenham vínculo empregatício com o hospital em regime de CLT. Ainda de acordo com Tanuri Júnior, a estimativa é que mais de R$ 7 milhões são necessários para colocar em dia as finanças da unidade de saúde, que é referência para 53 municípios da Bahia e de Pernambuco.
Embora a paralisação estivesse anunciada desde o mês passado, pacientes que moram nas cidades vizinhas e tinham consultas nesta terça foram até Juazeiro, mas perderam a viagem.
Urgências
Apenas os casos de urgência e emergência encaminhados pelas equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e as demandas espontâneas para estas situações estão sendo realizados em atenção à lei das greves, que obriga a manutenção dos serviços essenciais à população.
A reportagem tentou contato, mas não obteve resposta da direção do hospital. A Sesab declarou, por meio de nota, "que os pagamentos estão sendo feitos de forma consecutiva e regular".
A próxima assembleia da categoria para discutir os problemas em relação ao Hospital Regional de Juazeiro está marcada para 2 de maio, às 19h, no auditório do hospital.