A meta é imunizar pelo menos 80% de toda a população aldeada
A Bahia é o primeiro estado do país a iniciar a campanha Vacinação da População Indígena este ano. A meta é imunizar pelo menos 80% de toda a população aldeada - 28 mil pessoas -, distribuída em 72 aldeias.
A iniciativa é do Ministério da Saúde (MS), por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), que mobiliza uma força-tarefa até o dia 30. No país, 120 mil indivíduos serão imunizados contra o vírus H1N1, além de doenças como coqueluche, sarampo e febre amarela, atualizando as cadernetas de vacinação.
Com 34 Distritos Especiais Indígenas espalhados pelo território nacional, o maior desafio, segundo o secretário de Saúde Indígena do MS, Rodrigo Rodrigues, é chegar aos lugares mais remotos.
Para facilitar o transporte de profissionais e vacinas, foram fechadas parcerias. Uma, com o Ministério da Defesa, não se restringe à campanha. "Com a expertise dos militares, teremos mais agilidade no atendimento aos moradores de localidades de difícil acesso", afirmou.
Liderado pela Organização Pan-Americana de Saúde, o Mês de Vacinação da População Indígena (MVPI) foi adotado pelo MS em conjunto com a campanha nacional contra a gripe - ambas adiantadas para abril este ano, devido às mortes confirmadas por H1N1 no país.
Casos suspeitos
Na Bahia, conforme a Secretaria da Saúde (Sesab), dez pessoas tiveram morte confirmada por causa da gripe H1N1 - próximo boletim deve ser divulgado no dia 9.
Algumas mortes com sintomas semelhantes aos da H1N1 aguardam laudo do Laboratório Central. Um caso é o de Marli Pereira Rosa da Silva, 45, morta no dia 3, no Hospital de Ibotirama. Outro é o do empresário de Irecê Cláudio Oliveira de Souza, 53, que estava internado no Hospital Octávio Mangabeira, em Salvador, e morreu no dia 1º.
Em Itabuna, onde nesta quarta-feira, 4, foi confirmado o primeiro caso da gripe - em paciente de 29 anos, fora de perigo -, apenas profissionais de saúde, indígenas e encarcerados estão sendo vacinados, pois o estoque está baixo.