Expedição chega hoje em Bom Jesus da Lapa
Uma equipe de 15 pilotos que participam da II Expedição São Francisco, deixa, nesta terça-feira, 20, a cidade de Santa Maria da Vitória – a 881 km de Salvador – e segue até Bom Jesus da Lapa. Lá, eles vão registrar, não só as belezas da cidade, famosa pelo santuário que dá nome ao município, mas também o Velho Chico e o projeto de irrigação Formoso, conhecido pela produção de bananas.
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Com um total de 2.700 km de extensão, a largada aconteceu em 15 de junho em Piranhas (AL), com previsão de ser finalizada em 22 de junho, em Três Marias (MG), depois de sobrevoar a Serra da Canastra, onde estão localizadas as primeiras nascentes que alimentam o São Francisco.
Fazem parte da equipe aeronaves pilotadas por empresários e profissionais liberais, além do pessoal de que presta serviço de apoio aos participantes.
Foto: Nilson Negrão | Divulgação
A primeira expedição ocorreu em 2003 e, conforme o coordenador da aventura técnica, comandante Kleber Rangel, o percurso pretende mostrar as riquezas encontradas nas paisagens que aparecem ao longo de todo o trajeto.
"Mais uma vez, vamos fazer o percurso por meio de aeronaves para mostrar aos ribeirinhos e a todos brasileiros as coisas boas que existem na bacia do São Francisco", disse.
Ele salientou que, apesar dos problemas provocados pela ação humana e pelas mudanças naturais, as belezas ainda resistem e estão sendo reconhecidas por inúmeros que têm como foco a preservação ambiental.
"Estamos conhecendo projetos bacanas, tanto da iniciativa pública, quanto privada na área da cultura, história, economia que apontam que as belezas naturais que são um potencial a ser mais explorado. Isso é o que queremos mostrar como legado da expedição", afirmou.
Roteiro
Das oito cidades que estão no roteiro da expedição, quatro são da Bahia – além de Santa Maria e Bom Jesus da Lapa, também Juazeiro e Barra. Entre as demais, três delas – Januária, Pirapora e Três Marias – estão em Minas Gerais, além de Piranhas no estado de Alagoas.
Rangel, que, além de coordenador da equipe, é um empresário dono de montadora de aviões de pequeno porte em Barreiras (a 858 km de Salvador) afirmou que, posteriormente, as imagens serão editadas e reunidas em documentários, que serão exibidos aos ribeirinhos dos locais do trajeto.
Os filmes, segundo ele, pretendem reunir todas as imagens e as informações sobre meio ambiente que forem obtidas pelos pilotos da equipe durante o trajeto das aeronaves.
"Queremos dividir com as demais pessoas esse conhecimento, por meio das imagens. O foco da expedição é elevar a autoestima dos povos ribeirinhos, ressaltando as belezas dos lugares que eles vivem", enfatizou.