De acordo com o sindicato, os servidores nomeados em 2016 estão trabalhando sem os coletes
Os policiais civis, por meio do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc), divulgaram nota na tarde desta sexta-feira, 8, para denunciar o fato de a categoria trabalhar com coletes balísticos e munições vencidas, armas de fogo com defeitos e algemas insuficientes. Ainda de acordo com o Sindpoc, os cerca de 600 servidores, que foram nomeados em 2016, trabalham sem a proteção contra balas.
No comunicado, o presidente do Sindpoc, Marcos Maurício, afirma que a situação é de "total precariedade e abandono da Polícia Civil". O sindicato completa e diz que a SSP-BA entrou com uma ação no Tribunal de Justiça para impôr uma multa diária de R$ 50 mil, caso o Sindpoc mobilize os policiais para não trabalharem com os aparatos de defesa pessoal vencidos.
"Essa medida judicial retrata como a política do Executivo baiano interfere fortemente no Judiciário do nosso estado. Essa Liminar fere diretamente os direitos do trabalhador e da vida humana", desabafou Marcos Maurício.
A liminar prevê multa diária de R$ 50 mil reais (Foto: Reprodução | Sindpoc)
A SSP-BA respondeu, em nota, que as denúncias feitas pelo Sindpoc são falsas. Segundo a secretaria, as armas de fogo que apresentam defeitos são substituídas, dependendo do problema. Já as munições são repostas pela chefia da Polícia Civil, mediante comprovação do uso e solicitação, informou.
O órgão disse também que todas as equipes de policiais civis, que atuam nas ruas em ações veladas e cumprindo mandados, utilizam os coletes balísticos dentro da validade, além de informar que há uma licitação em fase final para aquisição de mais de 2 mil coletes.
A secretaria ainda classifica como "falta de respeito afirmar que a Justiça é subserviente ao Poder Executivo" e completa ao dizer que reitera o "apreço pela independência do atuante Judiciário baiano".