Arquipélago mantém a maior biodiversidades do Atlântico Sul | Foto: IBAMA | Divulgação
As atividades de visitação do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, vinculado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), continuam suspensas até o dia 14 de novembro.
A decisão foi assinada nesta terça-feira, 5, pelo chefe do parque, Fernando Pedro Marinho Repinaldo Filho, e está respaldada na chegada dos resíduos de petróleo na ilha Santa Bárbara no sábado, 2, e a subsequente confirmação dos fragmentos também nas ilhas Redonda e Siriba, bem como em alguns pontos no mar.
O arquipélago de Abrolhos é um santuário ecológico preservado, que mantém a maior biodiversidades do Atlântico Sul e a maior concentração de recifes de corais do litoral brasileiro.
Entre outras espécies típicas da região, como aves e tartarugas, o mar no entorno do arquipélago é o berçário para a reprodução das baleias Jubarte, que vêm da Antártida todos os anos procurando as águas quentes na costa brasileira para terem seus filhotes.
Para proteger a região foi organizada uma operação envolvendo diversas embarcações, inclusive navios de guerra da Marinha do Brasil e da Petrobrás, que seguem monitorando o avanço das manchas de óleo cada vez mais ao sul do estado.
De acordo com o documento que suspende a visitação, “a limpeza dos ambientes afetados exige grande esforço e mobilização de toda equipe do ICMBio, voluntários e militares mobilizados no Arquipélago dos Abrolhos, restrita aos horários de marés baixas”.
Os especialistas consideraram ainda que nos próximos dias está previsto o início de ciclo de maré de sizígia, que tem maior amplitude na variação do nível do mar e consequente maior força na circulação de correntes marinhas no local.
Eles consideram que esse fenômeno pode provocar um novo aparecimento de fragmentos e mesmo a ressuspensão daqueles já aprisionados nas praias do arquipélago.
Além de assegurar o máximo empenho das equipes envolvidas nos esforços de prevenção, controle e remoção do óleo, a medida visa minimizar também os riscos à saúde de visitantes.
A depender da evolução ou retração da poluição naquela região, “a suspensão das atividades poderá ser prorrogada ou tornada sem efeito”, conforme a nota do órgão, anunciado que qualquer decisão será comunicada em novo ato administrativo.