Objetivo é resgatar sementes crioulas e plantas adaptadas à região semiárida
Agricultores e agricultoras familiares dos municípios de Campo Formoso, Casa Nova e Campo Alegre de Lourdes participaram de capacitação para a implantação de três sistemas agrícolas resilientes. O objetivo é resgatar sementes crioulas e plantas adaptadas à região semiárida, para que possam ser cultivadas em áreas de um hectare, com sistema de irrigação por gotejamento e uso de energia solar, para o bombeamento da água.
Cerca de 60 famílias, das comunidades Barreiro do Espinheiro (Campo Alegre de Lourdes), Lagoinha (Casa Nova) e Sítio do Meio (Campo Formoso), serão beneficiadas diretamente com a implantação destes sistemas agrícolas resilientes.
A ação é resultado do convênio entre a Companhia Regional de Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e o Serviço Assessoria a Organizações Populares Rurais (Sasop), por meio do projeto Pró-Semiárido.
O sistema biodiverso será composto por múltiplas variedades de plantas, sejam elas frutíferas, forrageiras ou grãos, para a alimentação humana, como feijão, milho e fava, que terão ainda funções no equilíbrio ecológico, uso madeireiro e função apícola.
A atividade faz parte do conjunto de ações que o Pró-Semiárido, projeto que conta com cofinanciamento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), vem realizando, no sentido de garantir que milhares de famílias agricultoras do semiárido baiano conquistem autonomia, segurança alimentar e renda.
Para a segunda etapa, além de outros sistemas agrícolas resilientes, haverá a implantação de canteiros da agrobiodiversidade, que têm a perspectiva de trabalho mais familiar, e galinheiros rústicos, com espécies adaptadas à região semiárida. O projeto Sementes Crioulas conta, ainda, com a parceria da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Semiárido.