CLEIDIANA RAMOS
Em preparação ao seu projeto de Carnaval, repórteres, editores e fotógrafos de A TARDE participaram de um encontro, na última quarta-feira, com os doutores em antropologia Ordep Serra e Roberto Albergaria.
Chefe do Departamento de Antropologia da Ufba, Serra, que é especialista em cultura grega, falou sobre os deuses do Olimpo. Se formos analisar mais de perto, vamos encontrar as referências sobre o que a gente conhece como Carnaval nos cultos que se faziam a Dionísio, disse o professor.
Albergaria destacou a importância de A TARDE optar por uma cobertura que privilegia o humor. A própria identidade baiana é marcada pelo humor. E ao fazer uma opção pela cobertura que privilegia não somente o espetáculo em que se transformou o Carnaval da Bahia, mas também aquele do entorno, do folião anônimo, A TARDE com certeza está apresentando um produto diferenciado aos seus leitores, acrescentou.
Amanhã, A TARDE inicia sua cobertura especial de Carnaval. Com o tema O Divino Carnaval do Papão, o projeto retoma a homenagem, feita em 2005, a O Papão, nome da revista literária lançada por Ernesto Simões Filho, em 1904, oito anos antes de fundar A TARDE.
Se em 2005 tivemos como tema os 7 Pecados Capitais, este ano, o mascote do projeto um simpático ogro visita o panteão dos deuses gregos que estão profundamente ligados à simbologia da nossa cultura ocidental e, no caso de Dionísio, ao próprio Carnaval.
A opção é por uma linguagem mais leve e bem próxima da crônica, buscando mostrar não só o Carnaval como espetáculo, mas também a folia que acontece fora dos camarotes e das cordas dos blocos. De amanhã até a Quarta-feira de Cinzas, os repórteres estarão assinando suas matérias com pseudônimos, uma brincadeira ao estilo do espírito do Carnaval.