>> Caderno Cultural mostra valor de Shakespeare 400 anos após sua morte
A Tardinha foi atrás de histórias de crianças que estão esticando os braços até o limite que alcançam. Assim, mexem com o que está ao redor e tentam tornar melhor o espaço que ocupam no mundo. Você vai conhecer Helena Benedito, 8, que criou o projeto Animais Animal, de preservação da Mata Atlântica. No texto do projeto, Helena escreveu: “Você verá que os animais não são só para nos fazer companhia, nos servir de alimento e nem só para nos dar diversão de caçar. Eles são nossos amigos e nos ajudam a conviver com os outros seres vivos. Deus nos enviou para aprendermos isso”.
Isadora Araújo, 10, também vai pelo caminho do meio ambiente. Ela formou um grupo de reciclagem com o qual passou a dar uma outra utilidade a materiais que só iam servir para encher o lixo. Isadora faz bijuterias, porta-treco, porta-retrato e brinquedos com garrafas PET, papel velho, corda, arame.
Na Escola Marista, Juliana Simões, 12, resolveu atuar de um outro jeito. Depois de visitar uma creche que precisava de máquinas de costura, ela fez uma campanha na escola. Fez uma lista para ser assinada, perdeu vários recreios porque tinha que se organizar e venceu a vergonha passando de sala em sala. Depois de três meses, ela conseguiu o dinheiro suficiente para ajudar as costureiras do Alto do Cabrito, em Salvador.
Makonnen Tafari, 11, é o menino que representa esse grupo de crianças ativistas. É com a caneta e com o microfone que ele expressa o que vê. Makonnen é compositor e cantor de um grupo de rap que ele formou com o irmão mais velho e os vizinhos. Todos moram no Pelourinho, o que faz muita diferença na música deles: “Falo sobre a realidade de tudo que acontece aqui. Quero que todos os brancos e os pretos tenham consciência de tudo que acontece no gueto. A gente não vive só tragédia, tem coisa boa também. Aqui dá para conversar, tem uma praça onde ficamos brincando...”.
Ainda nessa edição, A Tardinha fala sobre a xilogravura, uma técnica que veio para o Brasil junto com a família real, em 1808, e acabou passando das cartas de baralho para os livrinhos de cordel, literatura típica do Nordeste brasileiro.
Tenha uma boa leitura!