Cantor angolano Paulo Flores canta "Marika"
Paulo flores interpreta "Serenata a Angola"
"Poema do semba" é interpretado por Paulo Flores
Esqueça os leões correndo nas savanas, zebrinhas galopantes, girafas e elefantes na selva africana. Safári definitivamente não combina com Luanda, capital de Angola, um dos maiores produtores de petróleo e diamantes da África Austral. Aclamada, em tempos idos, como a Paris de África, a cidade, há sete anos em paz, preserva traços arquitetônicos da colonização portuguesa.
É de espantar a beleza do suntuoso prédio do Banco Nacional em contraste com os novos edifícios, como o da Sonangol, ou o reluzente arranha-céu erguido pelos chineses no centro da capital. Ali, nas ruas da Cidade Baixa – sim, lá também tem –, especialmente no calçadão à beira-mar da Via Marginal, é praticamente impossível não lembrarmos da cidade de Salvador.
As similaridades não param aí. Afinal, foram 4,5 milhões de angolanos vindos ao Brasil como escravos na época em que o País era colônia de Portugal. A maioria aportou em Salvador, que era a capital brasileira. A ginga da capoeira, batizada por aqui com o nome de Angola, é jogada por lá, agora importada do Brasil. Embora o país africano coirmão ainda não esteja incluído na maior parte dos roteiros turísticos das agências de viagem, há muito o que se desfrutar por ali.
Não sem razão, as centenas de brasileiros que embarcam, todas as semanas, nos cinco voos Rio-Luanda, acabam descobrindo inúmeros tours no lugar. Dos bares e restaurantes da capital às praias da Lunda Sul, passando pela feira de artesanato, no Benfica, há muito o que se visitar. Afinal, como dispensar a degustação de um típico prato angolano à beira-mar? A travessia para o Mussulo, uma ilha bem pertinho de Luanda, é um deleite.
Apesar dos preços elevados – é preciso, no mínimo, pelo menos US$ 100 para um simples passeio à praia –, é impossível não se impressionar com os cenários litorâneos, os panos coloridos das zungueiras e as falésias no Miradouro da Lua, a caminho das maravilhosas praias da Lunda Sul. Sangano e Cabo Ledo são roteiros obrigatórios para um domingo à beira-mar. E se a intenção é desbravar o território, não faltam belezas nas 18 províncias do país.
Leia mais sobre Angola no caderno de turismo da edição impressa de A TARDE desta quinta, dia 12, ou clique aqui .