Você é baladeiro? Daqueles que só voltam da festa ao raiar do dia? Morro de São
Paulo tem o que você quer neste verão. Prefere praias semidesertas, onde se
dorme e acorda ao som do mar? Morro também lhe satisfaz (e o ano inteiro).
Falar
de Morro de São Paulo, na Costa do Dendê, é fácil e ao mesmo tempo difícil, para
que não se repitam clichês praticamente inevitáveis, como “paradisíaca”,
“cosmopolita”, “eclética” e outros adjetivos abundantes nos folhetos
promocionais, guias turísticos e... reportagens de jornais e revistas.
Entra
ano, sai ano, este balneário no norte da Ilha de Tinharé (que integra um
arquipélago com o mesmo nome) vem cumprindo seu “dever de casa”: alimenta as
estatísticas do turismo baiano com números importantes, compatíveis com sua boa
infra-estrutura gastronômica e de hospedagem, desenvolvida sobretudo nos últimos
20 anos.
Uma expansão que, diga-se de passagem, contou (e ainda conta) com a
participação ativa de quem veio de longe, como simples turista, se apaixonou e
não tardou a voltar, com malas e bagagens, disposto a montar sua pousada,
restaurante, etc. São gaúchos, paulistas, argentinos, italianos e outros
“forasteiros” que hoje misturam aos seus sotaques de origem o jeito baiano de
falar ao atenderem um público também diversificado.
Morro é visitada tanto por
turistas vindos de Valença ou de Salvador como de lugares bem mais remotos, como
os israelenses, dentre outras nacionalidades. E esta diversidade acabou sendo
incorporada à identidade de um lugar que tem na vizinha Ilha de Boipeba, ao sul,
o retrato do que foi 20 ou 25 anos atrás, tempo em que sobrava mansidão e
faltava infra-estrutura.
Só há poucos anos, Morro conquistou o tão esperado
saneamento básico, agora reivindicado na cada vez mais procurada Boipeba, com
sua simpática vila (chamada de Velha Boipeba) e um número crescente de pousadas.
Morro tem cerca de 200 meios de hospedagem cadastrados e outros tantos
restaurantes e bares, segundo Ricardo Macedo, dono da Pousada Natal, localizada
na principal rua da vila.
Seus hotéis e pousadas estão espalhados pelas praias e
ao longo da vila (passagem obrigatória para quem desembarca no píer, aos pés do
portal colonial).
Rapidez –Os principais meios de hospedagem facilitam a vinda
de turistas de Salvador em lanchas rápidas, que fazem um percurso de 2 horas a
partir do Terminal Marítimo, no Comércio, próximo ao Mercado Modelo. Mas o
público em geral também encontra lanchas rápidas e catamarãs, que fazem a mesma
viagem ao preço unitário de R$ 50.
No Terminal Marítimo do Comércio, as
passagens de lancha e catamarã (todas a R$ 50) são vendidas pelas empresas Farol
do Morro (tel. 3319-4570), Biotur (tel. 3226-7674), Ilha Bela (tel. 3326-7158) e
Cassi (tel. 8815-3493). Apenas esta última oferece um trajeto diferenciado,
ideal para quem quer evitar os 62 km de mar e os riscos de enjôo: uma lancha
rápida liga o Terminal Marítimo a Bom Despacho (Ilha) em 20 minutos, os
passageiros embarcam num ônibus que percorre os 35 km Ilha de Itaparica (BA-001)
e atravessa a Ponte do Funil rumo à Ponta do Curral (já na Costa do Dendê). De
lá, são mais 12 minutos em outra lancha até Morro de São Paulo. Percurso de 2
horas, ao preço de R$ 50.