Atualizada Às 18h20
Os bancários da Caixa Econômica Federal e do Banco Central do Brasil na Bahia decidem em assembléia na noite desta terça-feira, 3, o rumo da greve iniciada há nove dias. Durante a tarde, os bancários participaram de mais uma rodada de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo. A (Fenaban), braço sindical da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgou durante a reunião, sua segunda proposta de reajuste salarial para os bancários.
De acordo com nota encaminhada à imprensa, a entidade elevou a sugestão de reajuste para os trabalhadores, de 2% para 2,85% sobre os salários praticados em agosto de 2006; mesmo porcentual definido para a correção das verbas de natureza salarial e para a correção dos pisos salariais da categoria.
Os bancários alegam que não se trata, porém, que a oferta não representa reajuste real, mas apena o relativo à inflação do período. Segundo a assessoria de imprensa da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), a proposta novamente não foi bem recebida e o Comando Nacional dos bancários indicou a rejeição desta oferta para discussão nas assembléias dos sindicatos.
A categoria, com data-base em 1º de setembro, reivindica aumento real de salários, de 7,05%, além de participação maior nos lucros e resultados - de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. Até esta quarta-feira, 4, as assembléias da categoria decidirão, de maneira autônoma, se seguirão ou não a orientação do Comando Nacional. Será avaliada também a indicação de greve nacional da categoria por tempo indeterminado, com início previsto para quinta-feira.
Dos 108 sindicatos filiados à Contraf-CUT, já estão em greve o sindicato do Rio de Janeiro (capital), Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Pernambuco, Salvador e região, Sergipe, Florianópolis, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Piauí, Campina Grande (PB) e Bauru (SP). De acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a partir das 19 horas de amanhã, os trabalhadores farão assembléia na capital paulista para definir se vão aderir às paralisações.
Além da nova proposta de reajuste salarial, a Fenaban, entre outros pontos, informou que a sugestão para a parcela adicional de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) passou de R$ 500,00 para R$ 750,00; e que a condição para pagamento da PLR adicional foi reduzida, de um crescimento de 25% para 20% no lucro líquido das instituições de 2006 em relação a 2005, tornando, assim, segundo a entidade, mais fácil sua concessão.
No ano passado, após seis dias de paralisação em outubro, os bancários receberam reajuste de 6% (1% de aumento real), mais R$ 1.700 de abono e PLR mínima de 80% do salário, mais R$ 800.