Os barraqueiros de Ipitanga estão apreensivos, neste domingo, 13, com a aproximação do prazo para derrubada das barracas. A liminar que impede a demolição só é válida até o final deste mês. Preocupada com o futuro, a administradora da Portal do Mar, Eliana Silva, disse que já aconselhou os funcionários a procurar outros empregos. "Mesmo com toldos, eu não vou ter condições de manter todos os empregados", disse Eliana, que contrata de 18 a 35 funcionários a depender do movimento.
Entre os banhistas há divergência de opinião. O economista Itamar Araújo, que curtiu o domingo em Ipitanga, disse que prefere a praia com barraca. "Gosto do conforto". Já a sua esposa, Luísa, é a favor da demolição. "Mas o governo precisa apoiar os barraqueiros após a derrubada", explica.
Na última sexta, 11, a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, se reuniu com representantes da Prefeitura de Salvador para discutir a situação. A área ocupada pelas 42 barracas que serão demolidas faz parte do território da capital baiana, mas é administrada pelo governo municipal de Lauro de Freitas.
Na reunião, eles decidiram que serão instalados toldos em Ipitanga para os comerciantes trabalharem, enquanto uma nova estrutura não é construída. O espaço será administrado pela Prefeitura de Lauro de Freitas.
*Com redação de Paula Pitta | A TARDE On Line