O Bonfim Light deu a largada para as festas pré-carnavalescas que esquentam a capital baiana durante o verão. A décima edição do evento, que ocorre no mesmo dia da tradicional Lavagem das escadarias da Igreja de Senhor do Bonfim, levou mais de 10 mil pessoas para a Bahia Marina, na Avenida Contorno, na tarde desta quinta-feira, 11.
Gente que pagou até R$ 160,00 para ver os shows das bandas Rapazolla, Jamil e Uma Noites e Asa de Águia. Os preços elevados dos convites acabaram selecionando o público, formado majoritariamente por jovens de classe A e B, bem diferente da multidão que ficou espiando a movimentação do lado de fora da Marina. Quem não teve dinheiro para comprar os ingressos pegou carona na festa e se divertiu na rua, com o som que ecoava do evento.
Famosa por reunir muita gente bonita e conhecida por muitas pessoas como Bonfim da Elite, a festa caiu no gosto dos baianos e ganha até a aprovação de quem subiu a Colina sagrada para homenagear o Senhor do Bonfim, como o cantor e precursor da axé music, Luiz Caldas, que deu uma palhinha durante o show de Durval Lélis.
O Bonfim Ligth é nada mais nada menos do que a evolução da festa. É o mesmo que ocorre no Carnaval que, apesar de ainda ter o folião pipoca, tem cada vez mais camarotes. De certa forma, esse tipo de evento consegue excluir, mas, por outro lado, também reúne pessoas com os mesmos gostos, afirmou Caldas, sobre a evolução da festa.
JovensComo de costume, muitas patricinhas [a maioria vestida com shortinhos curtíssimos e saltos altíssimos] e mauricinhos [com camisetas decotas para exibir os braços e bermudão] lotaram a arena da festa, onde a ordem parece ser única: paquerar. De um lado a outro da Marina, muitos jovens animadíssimos e sedentos para entrar no clima da paquera, uma das características mais marcante do Bonfim Ligth.
O administrador de empresas Alan Cavalcante e a recepcionista Renata Alvarez entraram rapidamente no clima da festa. Eles se conheceram na festa e não perderam tempo. Foi durante o show do Jammil. Ele me chamou para conversar e acabou acontecendo, confessou a garota.
Apesar das poucas novidades e de ter repetido as mesmas atrações da edição passada, a festa já virou tradição em Salvador. Tem gente que já foi mais de cinco vezes e parece não cansar, a exemplo de Milena Cabral, de 27 anos. Ela perdeu as contas da quantidade de vezes que participou. Sempre gostei do clima descontraído e não me arrependo de ter pago R$ 100,00 para estar aqui, afirmou.
O evento acabou ficando conhecido em outros e estados e, hoje, reúne muitos turistas. Eles saem de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás para aproveitar os festejos em Salvador, como o casal Rúbia Camargo, 30, e Ivan Camargo, 33. Moradores do interior de Goiás, estão em Salvador a passeio e foram ao evento pela primeira vez. A festa agradou e o Asa de Águia, mais ainda.
A banda capitaneada por Durval Lélis, aliás, era unanimidade entre o público do evento. Presente em quase todas as edições do Bonfim Ligth, o Asa foi o último a se apresentar e levou para a festa um repertório com canções novas, como Quebra Aê e O que tem que ser será, e aquelas que foram sucesso, a exemplo de Não tem lua, Coco Bambu e Qual é.
Outra atração bastante esperada foi a Jammil e Uma Noites, segunda banda a subir ao palco. Em mais de uma hora de apresentação, a banda tocou as suas mais conhecidas músicas e ainda convidou Daniela Mercury para uma participação especial. Quero a felicidade, Levada Brasileira e Maimbê Dandá foram as canções que ela tocou ao lado de Tuca Andrade, Mano Góes e Beto Espínola. A abertura da festa ficou por conta da banda Rapazolla, que começou a tocar por volta das 14 horas.