O coordenador regional de Polícia Civil de Itabuna, Moisés Damasceno, ainda não sabe o que fazer com 73 presos que não puderam ser transferidos e continuam na cadeia pública que foi depredada por 112 detentos, durante uma rebelião na última quarta-feira. O local foi interditado por decisão do juiz da vara de Execuções Penais, Murilo Staut. Até o inicio da noite desta quinta, ele conseguiu transferir 60 dos 112 presos que estavam amontoados na cadeia, para os presídios de Itabuna, Ilhéus e Valença. Três presos conseguiram alvará de soltura. O restante vai passar a noite vigiado por policias militares do 15º Batalhão.
O delegado ainda teve que sufocar um princípio de revolta de 15 mulheres e oito menores em conflito com a lei, que estão na carceragem da delegacia e não conseguiram receber a visita de familiares por causa da greve dos agentes civis. Mãe de um dos adolescentes, Maria Emília dos Santos insistiu para levar alimentos e roupas para o filho, que, segundo ela, estava sem comer e tomar banho há cinco dias. Outra disse que precisava entrar para cuidar de uma ferida que o filho tinha no pé.