Uma quadrilha que agia a mais de cinco anos com desmanche de veículos na região de Campo Formoso (414 km de Salvador) foi presa nesta quarta pelas polícias Civil e Militar depois de um ano de investigações. César Freitas de Santana, 28 anos, Antônio Freitas de Sena, 39, conhecido como Tonho e Márcio Medeiros da Silva, 19, o Cabeludo foram presos dentro dos depósitos encontrados pela polícia em Campo Formoso.
O dono dos quatro depósitos existentes é José Henrique de Santana, o Zé Bicudo, que tem diversas passagens pela polícia por receptação e está foragido. De acordo com o delegado Nélio Ferreira, a quadrilha tem ramificações em vários municípios da Bahia e Pernambuco. O bando fazia comércio de peças de carros roubados e furtados geralmente na região entre Feira de Santana e Salvador.
“Encontramos nos depósitos peças de mais de 200 carros pequenos, várias carcaças com numerações de chassis danificados ou destruídos”, relata o delegado de Campo Formoso, que cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão expedidos pelo juiz da Comarca de Pindobaçu, Luiz Augusto de Vasconcelos. Outras cinco pessoas estão envolvidas e a polícia continua investigando para chegar ao resto da quadrilha. Os carros eram levados para os municípios Senhor do Bonfim e Pindobaçu.
Nos depósitos de Zé Bicudo a polícia encontrou várias peças de carros compradas sem notas fiscais vindas do Sudeste do País. O prejuízo, segundo o delegado Nélio Ferreira é calculado em aproximadamente R$ 500 mil. Algumas vítimas já foram identificadas e serão avisadas pela polícia.
Os três homens presos foram autuados por receptação, formação de quadrilha (penas de 3 a 11 anos) e possível sonegação fiscal. Além deles, outros dois integrantes do bando estão presos. Um homem conhecido como Chico Gago está na Cadeia Pública de Pindobaçu e Diogeval Nascimento, no município de Saúde.
No ano passado, uma quadrilha de roubo de carretas foi descoberta pela polícia em Pindobaçu. Em apenas um depósito havia cerca de 20 carretas que foram assaltadas nas estradas do Nordeste e enterradas. O prejuízo só com carretas encontradas entre enterradas e ainda em processo de desmanche foi estimado em R$ 7 milhões.