Atualizada às 14h35
O corpo do economista Vítor Athayde de Couto Filho, 35 anos, foi localizado pela polícia às 4 horas desta quarta-feira, 19, em um matagal na Estrada Velha do Aeroporto. O economista, que estava desaparecido há oito dias, foi assassinado a pedradas. A polícia acredita que ele tenha levado golpes de paralelepípedo na cabeça. O enterro será às 17h30, no cemitério Jardim da Saudade.
O autor do seqüestro, José Raimundo Cerqueira da Paixão, de 34 anos, apelidado de José Abelha - pedreiro que prestava serviços de manutenção na casa da vítima -, os sobrinhos Valdir Paixão de Jesus , 25, Juracy Oliveira dos Santos, 23, e o amigo Carlos Alberto dos Santos, 24, estão detidos acusados de participação no crime.
Em depoimento na manhã desta quarta-feira na Secretaria de Segurança Pública, Abelha afimou ter convidado os sobrinhos Valdir e Juracy, e o amigo Carlos, para participar da ação. Eles declararam que receberam de Abelha a quantia de 2 mil. Juracy chegou para depor com queimaduras na parte dos braços e rosto, ocorridas ao tentar incendiar o veículo do economista, que foi encontrado abandonado em Caji (Lauro de Freitas).
Segundo Abelha, o motivo do crime teria sido por vingança e não pelo dinheiro. Abelha disse que estava sendo ameaçado pelo economista por não ter cumprido uma ordem. Ele foi preso em Conceição de Feira. Já os sobrinhos e o amigo foram presos em Salvador. Os suspeitos levaram os policiais até o corpo.
A delegada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos, Francineide Moura, revelou que testemunhas forneceram pistas sobre o paradeiro de Abelha. Ele disse ainda que o acusado tenta passar da condição de autor do crime para o papel de vítima. "Eles não fizeram contato com a família, mas não há dúvidas de que a pessoa no vídeo que realizava saques na conta de Vitor era o pedreiro, comenta.