Padre Pinto
Benignidade, caridade, tolerância estão na alma de quem está bem no mundo e próximo de Deus. Foi exatamente essa trilogia que absorvemos da entrevista do padre Manoel Filho em 9/2, quando foi quebrado o cauteloso silêncio em torno do pároco da Lapinha. Agir por impulso aumentaria o furacão, escandalosamente divulgado e comentado por todos os segmentos da sociedade. É preciso que deixemos a eloqüência silenciosa do amor ser estendida, dando lugar à benignidade, à caridade e à tolerância para com o padre Pinto, sem darmos destaque a gestos e palavras. Porque, comungando o mesmo pensamento do padre Manoel Filho, a sociedade quer novidade, mas novidade de pessoas exóticas, diferentes, para festejar hoje, mas botar no paredão e eliminar amanhã. A coisa mais importante que podemos fazer é ter caridade com o próximo, nosso irmão. Assim, como a Arquidiocese, nós, da Associação das Senhoras da Caridade Casa da Providência, que fazemos parte da comunidade cristã, gostaríamos que isso acabasse agora, e que jamais se repetissem fatos como esse, porque acreditamos em nossa Igreja.
Regina Bittencourt, Lucy Vianna Medina e Gisélia Alves da Costa
Associação das Senhoras da Caridade
Salvador BA
Praça de guerra
Todo ano é a mesma coisa. A região da Barra e Ondina vira uma praça de guerra em janeiro e fevereiro. No começo do ano, os camarotes já começam a ser montados e os transeuntes perdem o direito de caminhar livremente. É muita sujeira e confusão. Homens trabalhando, caminhões, calçadas estragadas e ocupadas por buracos, armações de metal dos camarotes, enfim, cacetes armados. Parece mais uma praça de guerra! Será que a prefeitura não consegue encontrar uma forma de o Carnaval não prejudicar os moradores que pagam seus altos impostos? Nos dias da folia, são tiradas totalmente a privacidade e a liberdade de entrar e sair de suas casas. Ainda tem o barulho, não deixando ninguém descansar. Um verdadeiro inferno! Para quê? Para satisfazer a uma minoria de hotéis que montam camarotes cada vez mais sofisticados, cobrando uma pequena fortuna. Se no Rio tem Sambódromo, por que aqui não tem um Carnavódromo? Não faltam opções de lugar...
Karin Kirzner
Salvador BA
Jardim suspenso
Venho solicitando, todos os anos, ao prefeito de Salvador, que não permita que as barracas de venda de bebidas instaladas no jardim suspenso, em frente ao Palácio da Aclamação, durante o Carnaval, fiquem coladas aos muros que circundam o jardim, para possibilitar aos pobres miseráveis que gostam do Carnaval um mínimo de visibilidade da festa. Os barraqueiros afastam a barraca do muro, constroem no fundo autênticos camarotes de cacete armado e cobram para as pessoas terem acesso ao espaço, que é público.
Celso Cerqueira
Salvador BA
Barulho impune
Li carta do cardiologista Alex OHara sobre os prejuízos causados pela poluição sonora (colesterol, riscos de enfarte etc.). Todos os dias somos obrigados a passar por esse infortúnio, numa rua secundária, no bairro de Brotas. Anotei as placas policiais de 11 veículos: nove Kombis com amplificador de som, um caminhão de uma empresa de gás no qual o vendedor grita e bate com ferro nos botijões, e de uma moto que buzina, vendendo pizzas. Fiz inúmeras queixas à prefeitura, que nada faz, somente promete. Não fiscaliza nem pune estes infratores da lei.
Washington Coelho
Salvador BA
Classe média
Nunca os bancos ganharam tanto e os pobres nunca foram tantos! Os potenciais presidentes das pesquisas são de governos que esmagaram a classe média lembrem-se dos impostos e empregos antes de FHC e Lula. Não se deve deixar-se enganar por planos reais, mas votar na realidade nua e crua, contra o extermínio da classe média brasileira. Estamos marchando para um país de pobres e ricos.
José Roberto de Lima Machado
Salvador BA
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