Pais e alunos das escolas estaduais Antônio Carlos Magalhães e Cleto Araponga, no bairro de Periperi, protestam na manhã desta terça-feira (20) em frente ao prédio onde funcionam as unidades, na Rua da Metalúrgica. Com faixas, cartazes e promovendo um apitaço, eles reclamam do fechamento das duas escolas.
Cerca de 50 manifestantes afirmaram que o fechamento das instituições, que atendem a alunos do Ensino Fundamental, irá contribuir para o aumento da violência no bairro. Segundo eles, “onde se fecha uma escola, se abre um presídio”.
O grupo não chegou a bloquear a via, mas a Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador) chama a atenção dos motoristas para o risco de acidentes, já que há muitas pessoas ao lado da pista.
A Secretaria de Educação do Estado da Bahia (Sec) confirmou que o prédio onde funciona as escolas será desativado, mas ressaltou que os alunos serão transferidos para outras duas unidads do bairro: os colégios estaduais Praia Grande e Humberto de Alencar Castelo Branco, com capacidade total para 6.160 alunos.
Em nota oficial, a Sec afirma que a Escola Antonio Carlos Magalhães funcionava em condições precárias e em um prédio alugado. Um Termo de Acordo e Compromisso (TAC) com a comunidade foi assinado em 26 de janeiro desde ano, estabelecendo que a Escola Antonio Carlos Magalhães continuaria funcionando até o final do ano letivo de 2011, quando seria desativada.
O coordenador de Ensino Superior e Relações Institucionais da Sec, Clóvis Caribé Menezes dos Santos, explicou que as duas escolas têm 1,5 mil vagas disponíveis. A Escola Antonio Carlos Magalhães atende, atualmente, a 700 alunos, da 1ª à 8ª série, nos turnos matutino e vespertino. A secretaria não soube informar quantos alunos estudam na Escola Cleto Araponga, mas garante que há vagas para todos.
“Nós sentamos com a comunidade desde o ano passado para discutir isso de forma organizada, sistematizada, discutindo alternativas. Tentamos desapropriar o terreno, mas não conseguimos. Então, fizemos reformas em dois colégios próximos para receber os alunos e os professores”, explicou o coordenador.