Aulas suspensas na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), professores da rede estadual com os braços cruzados, os da municipal ocupando o prédio da Secretaria Municipal de Educação (Smed) e quase 70 mil estudantes sem aula.
Este é o quadro na educação pública municipal em Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador, após deflagração de greve nas escolas estaduais, na Uesb e a sexta paralisação dos professores municipais.
Depois da anunciada paralisação nas escolas estaduais, com 21 mil estudantes parados, os cerca de mil professores da Uesb seguiram a mesma ordem e na noite de segunda-feira, 28, deflagraram greve por tempo indeterminado, atingindo 7 mil universitários nos campi de Conquista, Jequié e Itapetinga.
O presidente da Associação dos Docentes da Uesb (Adusb), professor Cristiano Ferraz, destacou que nestes cinco meses de diálogo com o governo do Estado os professores reafirmaram suas reivindicações.
O Fórum das Associações dos Docentes (AD’s) volta a se reunir dia 4 de junho, na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), para avaliar a mobilização da categoria. Segundo Ferraz, uma nova rodada de assembléias dos professores já está marcada para o dia 5 de junho nas quatro universidades estaduais, para avaliar o movimento e decidir sobre novos encaminhamentos.
O comando de greve reivindica, dentre outros pontos, a incorporação da Gratificação de Estímulo às Atividades Acadêmicas (GEAA) de 27.2% ao salário-base; orçamento mínimo de 5% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para as quatro universidades estaduais e reforma do Estatuto do Magistério Superior, com a garantia do direito à promoção na carreira dos professores em estágio probatório e ao afastamento para realização de curso de pós-graduação.