Atualizada às 18h30
A nutricionista Caroline Wildenberg Brauer, 36, foi enterrada às 17h30 desta quinta-feira, 20, em Caravelas, no sul do estado. Ela foi assassinada na noite de quarta-feria pelo ex-namorado, o taxista Jeferson Marcelino, 35.
O pai de Caroline, Abelardo Assis Brauer, 55, que também foi ferido pelo taxista, continua internado no Hospital Regional do município. Ele levou um tiro nas costas. O corpo de Jaferson, que cometeu suicídio, ainda não foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) e também deve ser enterrado nesta quinta. O taxista invadiu a casa da família de Carolina por volta das 18h, feriu duas pessoas e manteve outras oito como reféns. Acuado pela polícia, começou a atear fogo nos móveis da casa. A polícia usou uma granada de efeito moral, invadiu a casa, e Jeferson se matou.
No momento em que o taxista invadiu a casa, a família da nutricionista recebia a visita de uma família amiga. "A casa estava cheia de idosos e adolescentes", conta o delegado Nélis Araújo. "No térreo, estavam o taxista, a ex-namorada, o sogro dele e uma senhora idosa. O resto das pessoas estavam no primeiro andar, e não podiam sair. Conseguimos retirar os reféns do primeiro andar com uma escada, sem que o Jeferson percebesse. Quando ele começou a provocar um incêndio, resolvemos invadir".
De acordo com Araújo, quando a polícia invadiu a casa, a nutricionista já estava morta, com dois tiros no peito e um na nuca. O corpo, já sem vida, foi usado como escudo durante as negociações, que duraram cerca de quatro horas. A polícia acreditava que ela pudesse estar viva. O delegado ainda informou que cerca de 5 mil pessoas foram até o local, no centro da cidade, para acompanhar o drama. A nutricionista prestou diversas queixas de agressão contra o taxista, que já tinha passagem na polícia por porte ilegal de arma.
*Com informações de Maria Eduarda Toralles, da sucursal de Eunápolis.