O número de ocorrências policiais durante os cinco dias do Carnaval 2011 teve um aumento de 2%, passando de 1.193 casos em 2010 para 1.226 em 2011. Apesar do crescimento, o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, comemorou nesta quarta-feira, 9, o resultado da operação durante a folia de Momo.
De acordo com ele, os dados são positivos e são consequência da ampliação de recursos tecnológicos na segurança no Carnaval, que deram mais agilidade ao trabalho da polícia. Cento e vinte câmeras foram utilizadas para monitorar os três circuitos da festa.

A maioria das ocorrências foi registrada no Circuito Dodô (Barra-Ondina) com 731 casos contra 122 no Circuito Osmar (Campo Grande). Cinquenta e sete pessoas foram presas, sendo 14 por tráfico de drogas, e 706 foram conduzidas aos postos policiais. Cinco armas de fogo e seis armas brancas foram apreendidas.
Paralisação - Apesar do sindicato dos policiais civis (Sindpoc) garantir que a categoria está parada desde quinta, 4, primeiro dia de folia, o secretário afirmou que o trabalho da Polícia Civil não foi prejudicado durante o Carnaval e que não percebeu adesão dos policiais, que participaram do patrulhamento na rua.
O secretário-geral do sindicato, Bernardino Gayoso, acredita que, com o fim do Carnaval, será possível perceber as consequências do movimento. "Agora que vamos retornar ao clima normal, vamos ver como está o efetivo, que unidades estão paralisadas, porque durante o Carnaval tinha muito policial do interior aqui trabalhando".
Gayoso disse que a categoria deve fazer a missa de sétimo dia do policial Valmir Borges, morto durante operação policial e acusado de extorquir jovem, nesta quinta, 10, e se reunir nesta sexta, 11, em assembleia para avaliar o movimento.
"Não vamos esquecer (a morte de Valmir), vamos continuar cobrando. Toda investigação que deveria acontecer, não foi feita. Houve manipulação das informações. O que acreditamos é que se havia desvio de conduta, a Corregedoria deveria apurar, não executar. Isso não aceitamos", critica Gayoso.