A Polícia Militar (PM) investiga a possibilidade da menina Raquel Barros de Oliveira, 8 anos, morta por bala perdida na última quinta (3) em Pernambués, ter sido assassinada por um policial. O comandante-geral da PM, coronel Alfredo Braga, disse nesta quarta (9), que a garota e outras três pessoas foram atingidas durante uma troca de tiros entre criminosos e policiais militares.
De acordo com ele, uma guarnição da 1ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) foi a rua das Flores após saber que quatro pessoas suspeitas estavam no local. Eles foram recebidos por tiros e revidaram. Durante o confronto, Raquel, outra menina de 10 anos, uma idosa e um homem foram baleados. Raquel não resistiu aos ferimentos.
Um sargento e dois soldados envolvidos na ação foram afastados dos trabalhos operacionais e estão a disposição do major Eduardo Braga, corregedor da PM. As armas dos policiais também foram recolhidas e periciadas. Os nomes deles não foram revelados.
"Estamos reunindo provas que possam direcionar a elucidação do episódio para saber de onde partiu o projétil (que atingiu Raquel)", disse o comandante-geral. A PM abriu inquérito policial militar para apurar o fato, que deve ser finalizado em até 40 dias, quando o laudo da perícia identificando de onde partiu as balas que atingiram as vítimas também estará pronto.
Os bandidos que trocaram tiros com os policiais não foram identificados.
Vítimas - A menina L.C.S, de 10 anos, baleada no tiroteio ocorrido na quinta-feira (3), na Rua das Flores, em Pernambués, passa bem. Ela se recupera das cirurgias para a retirada das balas que atingiram seu abdômen e braço. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), ela foi operada assim que deu entrada ao Hospital Geral do Estado (HGE). Ainda não há previsão de alta médica.
Além de L.C.S e Raquel, a idosa Maria dos Reis Pereira dos Santos, 72 anos, e Edvaldo Sabino Santos Junior, 28 anos, também foram baleados. Eles foram encaminhados para a unidade médica, mas receberam alta logo em seguida.