A hipertensão atinge mais a população urbana, por causa do stress e condições de vida inadequada. “Antigamente se dizia que a hipertensão era doença de rico, mas já se sabe que isso é mentira. A doença atinge todas as classes e é mais perversa entre os pobres, que não têm como manter acompanhamento médico, vivem sob estresse, com insegurança por causa da violência, sem habitação e insegurança alimentar”, ressalta o diretor da Fiocruz, Mitermayer dos Reis.
Herança genética, alimentação inadequada e sedentarismo são fatores que aumentam o risco de desenvolvimento da doença. O tratamento preventivo engloba dieta balanceada, com redução do consumo de sal e alimentos gordurosos, além da prática de exercícios físicos regularmente. Quando a adoção desses cuidados não é suficiente, é necessário usar alguns remédios, sob prescrição, para diminuir a pressão.
Mudar o hábito alimentar foi o primeiro passo que o publicitário Erik Salles, 30, deu para controlar a pressão sanguínea alta. Retirou da dieta sal, gorduras animal e saturada.
Durante a semana, ele come saladas, arroz e comida japonesa. Nos finais de semana, se permite comer alimentos mais gordurosos.
Além da mudança no cardápio, Salles também passou a praticar exercícios aeróbicos e musculação três vezes durante a semana. “Tinha caso de hipertensão na família, hábitos alimentares não saudáveis e era sedentário. Além de tudo, vivia estressado com o trabalho. Entrei na faixa de idade onde os sintomas de hipertensão começam a aparecer”, conta o publicitário.
Os novos hábitos foram adotados há dois meses, depois que o médico orientou a dieta. Desde então, Salles passou a se preocupar com a doença. “Você vê outras pessoas com conseqüências da doença e acha que aquilo vai acontecer com você a qualquer momento”, conta o publicitário, que por orientação médica passou a tomar remédio para controlar a pressão.
O problema de Erick começou há um ano, quando o pai estava internado. Na época, o estresse causado pelo trabalho também era grande e ele teve uma crise, com dores na nuca e cabeça. Na emergência, verificaram que a pressão do publicitário chegou a 22.