Reunião do Comitê de Ética em Pesquisa
Pereira de Sousa
No dia 16, reuniu-se o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Fundação Bahiana para Desenvolvimento das Ciências (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública). Antes da reunião propriamente dita, o coordenador, Prof. Dr. Norival Sampaio, distribuiu pelos presentes duas folhas em que pesquisadores nos alertam para certos pormenores do funcionamento dos Comitês de Ética em Pesquisa, dentro de uma instituição qualquer.
A primeira consideração é de Themis Roberval da Silveira, coordenadora do CEP do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e de Márcia Mocelín Raymundo, membro do CEP da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e de José Roberto Goldim, membro dos CEPs do HCPA da UFRGS e da PUCRS. Liberdade no trabalho de pesquisa, mas sempre com a independência.
Os três professores vincam que deve existir um comprometimento recíproco entre os pesquisadores e os membros do CEP em garantir a preservação das informações contidas no projeto de pesquisa e decorrentes do seu processo de avaliação. Os membros do CEP não podem utilizar as informações privilegiadas a que tiveram acesso para qualquer outro fim que não o de avaliar o próprio projeto de pesquisa.
A seguir, falam da confidência que por si só garante a independência do CEP. As decisões devam ser realmente assumidas como coletivas e não personalisadas, por exemplo, na figura do parecista. Os membros do CEP terão de guardar silêncio mesmo que diante de reclamações deste ou daquele pesquisador. A privacidade quer do pesquisador quer dos humanos pesquisados tem de se resguardar a todo o preço. Este item é um dos propósitos do instrumento de trabalho que a comissão preparatória das resoluções do Parlamento Europeu, no que tange ao uso das células estaminais.
Realmente, reina bagunça total na Europa. Inglaterra e outras nações aprovam o uso das células-tronco. Outros, por motivos éticos ou religiosos, opoem-se. Por isso ficou para o Parlamento Europeu deliberar definitivamente. Acontece que alguns membros da União ainda não têem CEP para ajudar os respectivos governos na decisão. Ao abrir a reunião, foi lida a Ata da sessão anterior pela eficiente secretária, Lourdes Hummel, que foi aprovada totalmente.
Num parêntesis, o coordenador, Norival Sampaio, apresentou quatro livros muito bem elaborados e editados pela Edufba, da autoria da nossa conselheira, Dra. Lisete Passos. Quatro livros sobre quatro educadoras baianas. Guiomar Pereira. Anfrisia Santiago, Amélia Rodrigues e Maria Luiza de Sousa Alves. Todos os conselheiros se congratularam com a autora, que nos confiou que há mais dois livros em elaboração.
Um será para resgatar a memória de Carmen Teixeira, irmã de Anísio Teixeira e benemérita aplicadora dos pensamentos de Anísio na Escola Parque. O primeiro projeto intitula-se Síndrome metabólica de idosos num bairro pobre de Salvador. Foi apreciado pelo coordenador, Dr. Norival, que depois da análise de todo o projeto o aprovou e submeteu-o ao plenário. Todos o aprovaram tendo os conselheiros, Costa Vargens e Dr. Eustórgio, elogiado o parecer e o projeto de tão relevante alcance social. O projeto, Perfil profissional e humanista de dentistas, professores e graduados de duas escolas baianas. Foi aprovado.
A ONU pode dar a paz ao mundo?
Fernando Pires
Alexandre Magno conduziu os gregos a muitas vitórias, Júlio César deu aos romanos muitas nações. Muitos tentaram: Átila, o Huno, Napoleão Bonaparte e outros. Mas a Primeira Guerra Mundial foi diferente. Diz-se que um em cada sete homens durante o período de 1914 a 1918 encontrava-se nas Forças Armadas, num total de 53 milhões. O marechal americano Robertson diz: Os que morreram chegam a somar, 37 milhões, com um custo de 337 bilhões de dólares.
A faísca começou em 28 de junho de 1914. Um mês depois, a Áustria declarou guerra à Sérvia. Os reinos do mundo escolheram o seu lado. E 43 nações se envolveram. Em 1919, a Alemanha, sob o Tratado de Versalhes, foi desarmada com adequadas garantias oferecidas e aceitas de que os armamentos nacionais seriam reduzidos ao mínimo necessário para a segurança interna. Esta proposta se harmonizava com a do presidente Wilson, dos EUA; foi incorporada no artigo 8º do pacto da Liga das Nações.
Mas, quando Adolf Hitler chegou ao poder, logo desrespeitou o tratado. E os Estados Unidos respeitou esta política de desarmamento? Não! Declarou guerra a Coréia do Norte, Japão, Vietnã, Golfo Pérsico, o conflito com Afeganistão, Iraque, e só Deus sabe onde será a próxima, sem falar nos muitos conflitos armados nos quais esta nação está envolvida. Em 1919, as nações depositaram sua esperança de paz na Liga das Nações. Essa esperança foi frustrada em 1935 pela invasão da Etiópia por Mussolini, e pela Guerra Civil na Espanha em 1936.
A Liga das Nações caiu com o início da Segunda Guerra Mundial em 1939. A tão esperada paz não havia durado 20 anos. Na torre brilhante de vidro em Manhattam, na cidade de Nova Iorque, está o Edifício das Nações Unidas. Em 24 de outubro de 1945, os Estados Unidos uniram-se com a maioria das nações a esta organização (a ONU), que, de maneira suposta, traria a paz à humanidade. Veio a paz? Não! Bem mais de 150 guerras e conflitos armados foram travados desde a sua fundação.
Teve desarmamento após a Segunda Guerra Mundial? Não! Com armas nucleares de destruição em massa agora disponível, o desarmamento é uma questão de grande urgência, o futuro uso de armas nucleares em larga escala ameaça a própria civilização (Nova Enciclopédia Britânica).
Em 1952, formou-se uma Comissão de Desarmamento, composta de 12 países, a fim de impedir a corrida armamentista, mas não fez progresso. Vários outros acordos têm sido celebrados. Mas a desconfiança dos países não tem permitido o banimento das armas de guerra. Calcula-se que mais de 10% do valor da produção do mundo esteja sendo consumido em armamento. Os números variam com a inflação, mas imagine gastar 1,54 milhões de dólares a cada minuto por dia, num mundo onde milhares de pessoas morrem por falta de alimento.
Os países que patrocinam conferências de paz são os mesmos que lideram a produção de armas, por interesses comerciais; a cobiça é a força motivadora. E a corrupção e a propina são os componentes integrantes do comércio internacional de armas. Muitos políticos enriquecem deste modo. Temos que admitir que tem uma proposta boa, possui muitos programas nobres; mas antevejo sua falha total pela autoridade profética da palavra de Deus.
A ONU no ano de 1945 declarou sua morte. Para conciliar os comunistas ateus, resolveram eliminar a menção do nome de Deus dos seus documentos. Hoje, é composta por mais 191 países. As Nações Unidas têm dois objetivos fundamentais: a paz e a dignidade humana. A inscrição sob a estátua da ONU (sem mencionar o autor da frase, Isaías 2:4) diz... Resolverá contendas de muitos povos. Eles farão de suas espadas arados, e de suas lanças, foices.
Uma nação não mais pegará em armas para atacar outra nação; elas jamais tornarão a preparar-se para a guerra (NVI). Uma organização que deliberadamente ignora o Criador está fadada ao fracasso.
A ONU é um exemplo clássico da futilidade do esforço humano de viver independente de Deus. Tem as mente mais brilhantes do mundo, a mais avançada tecnologia, tem gastado bilhões de dólares com vários programas para manter a paz, mas não compreendem que jamais resolverá o problema da paz, independentemente de Deus. Jesus disse: Sem mim, nada podeis fazer, João 15:5. A Bíblia deixa bem claro que paz não é utopia.
Mas por que não param as guerras? Por que as Nações romperam com Jesus Cristo, o Príncipe da Paz (Salmos 2:1-3; Isaías 9:6)? O homem abandonou o Senhor (O Senhor Jesus é o Emanuel Deus Conosco, a nossa Paz, Mateus 1:23). A paz é para todas as nações, incluindo Israel (Atos 10:34-36; 2:22). Qual é a missão da Igreja a respeito deste assunto? É mostrar as nações, de maneira especial a Israel, que se arrependa e aceite Jesus (Lc. 19:42).
Não vejo com bons olhos que nós, como Igreja, tenhamos a bandeira, ou outros símbolos de Israel em nossa congregação. Nossa obrigação é orar pela paz em Israel. Mas temos que manter nossa identificação como Igreja (separados do modo de viver de todas as nações, incluindo Israel), uma nação santa... I Pedro 2:9. Se um muçulmano chegar a uma de nossas reuniões, e ele tem o direito (é bem-vindo).
Como entenderia ele que Deus não faz distinção de pessoas, se nos encontrar judaizando a Igreja, Atos 10:34, 35 (e o judeu faz distinção a outros povos). Também nos chamou, não só entre os judeus, mas também entre os gentios (Rm. 9:24). Não vamos voltar à falta de entendimento dos primeiros passos da Igreja, querendo que os gentios se convertessem primeiramente ao judaísmo, Gálatas 2 : 11-14.
A falta de revelação distorce a visão, e a maneira de ver a justiça de Deus, para que o juízo seja feito com isenção. Os árabes estão vendo esta guerra com o Iraque, como um ataque cristão contra uma nação islâmica. E isto não é verdade, o cristianismo tem uma mensagem de amor e paz: Amai os vossos inimigos... Mateus 6:43-47.
Pense nisso!
E-mail: fernandopires04@hotmail.com