Servidores do Ministério Público da Bahia (MP-BA) protestaram nesta quinta-feira, 28, Dia do Servidor Público, em frente à sede do órgão em Nazaré. Cerca de 30 pessoas participaram de um enterro simbólico do que eles chamam de "cabide de emprego".
O diretor do Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Estado da Bahia (Sindsempba), Valdir Gravatá, disse que a categoria parou por 24 horas, mas a assessoria do órgão informou que o MP funciona normalmente nesta quinta.
O MP-BA conta com 675 servidores concursados e 328 em cargos comissionados e de confiança. Valdir Gravatá disse que a contratação desses funcionários é permitida por lei apenas para exercer a função de diretor, chefe ou assessor, mas de acordo com ele não é isso que acontece.
"A contratação desses trabalhadores trava o processo de valorização dos servidores e é imoral. É um exemplo negativo dentro de uma instituição que fiscaliza os outros órgãos públicos", alega. De acordo com ele, representantes do MP argumentam que não podem aprovar o Plano de Cargos e Salários (PCS) por falta de orçamento, por isso ele contesta o gasto com os cargos de comissão e confiança.

O procurador-geral do MP, Wellington César Lima, disse que por conta da falta de estrutura do MP, quando este órgão foi implantado na Bahia, foi necessário contratar funcionários comissionados e de confiança. De acordo com ele, ainda não é possível "abrir mão desses trabalhadores", caso contrário, " a população que vai sofrer sem os serviços do MP". O procurador-geral alega que a maioria dos comissionados e de confiança são funcionários antigos.
Sobre a reclamação da aprovação do PCS, Wellington César Lima disse que foi instalada uma comissão para discutir o plano.
*Colaborou George Britto | A TARDE