Livre acesso
Fila, tumultos e queixas no Terminal de São Joaquim já não são nenhuma novidade, especialmente nos finais de semana.
Mas um fato novo chamou, sábado, a atenção de quem estava na fila para embarcar no ferry-boat.
Enquanto as pessoas comuns quase que criavam raízes por ficarem tanto tempo paradas no mesmo lugar, os cambistas iam e vinham dos guichês, com bilhetes, sem precisar pegar fila.
Será que a administração do sistema tem alguma explicação para isso?
Donos da praia
Dois casais chegaram bem cedinho a Jaguaribe, por volta das 7 horas, levando as crianças para aproveitarem o sol das primeiras horas da manhã.
Por volta das 9 horas, cerca de 30 homens chegaram dizendo que, naquele momento, iriam iniciar uma partida de futebol de praia naquele local.
Não pediram, nem sugeriram. Apenas informaram que o jogo ia começar. E começou.
As famílias tiverem que sair e os barraqueiros se apressaram a retirar mesas e cadeiras da área.
Ainda assim, afastados, quase foram vítimas de três fortes boladas, que passaram de raspão pelo grupo.
Melhor mesmo terem saído de perto.
Concha
Próxima sexta-feira, tem Noite Afro na Concha Acústica, com participação de Filhos de Gandhy, Malê Debalê e Ilê Aiyê.
O ingresso poderá ser adquirido mediante a troca de dez notas ou cupons fiscais na bilhetria da Fonte Nova.
A determinação é que o limite de dois ingressos por pessoa seja respeitado. E o problema é a determinação ser cumprida.
Os cambistas conseguem verdadeiros milagres. Agora, agem até nas filas do ferry-boat. Também, encontram espaço para isso diante da deficiência do sistema. As pessoas se submetem aos abusos na esperança de sofrer menos nas filas.
Ninguém merece
Sábado, na Avenida D. João VI, os usuários do sistema de transporte coletivo passavam por um verdadeiro sufoco enquanto aguardavam os ônibus.
Como no local não há abrigos, eram obrigados a se manter atrás de postes, sob árvores - quando havia - ou debaixo de qualquer sombra naqueles momentos de sol escaldante.
Só que, instável, o tempo se encarregou de maltratá-los ainda mais.
Rápidas pancadas de chuva acabavam tornando inútil qualquer esforço em se proteger.
A prefeitura bem que poderia resguardá-los dos caprichos da natureza, instalando coberturas nos pontos de ônibus. Ou distribuindo filtros solares e guarda-chuvas.
Capricho
Não dá para entender a falta de compromisso de alguns motoristas de ônibus em relação aos passageiros.
Sábado, às 11h45, o ônibus que faz a linha Vale dos Rios, vindo de Cosme de Farias, em Brotas, número de ordem 3126, simplesmente ignorou o pedido dos que estavam no ponto do Shopping Sumaré e solicitavam a sua parada.
Não havia qualquer dificuldade para isso. O motorista simplesmente não quis parar. E olhe que os ônibus dessa linha não passam a toda hora.
Por mero capricho, obriga as pessoas a permanecerem no ponto de ônibus, quem sabe atrasando-se para compromissos importantes, por mais tempo que o necessário.
As empresas deveriam fazer um trabalho de conscientização com esses profissionais.
Vezeiros
Têm sido freqüentes os assaltos a coletivos na área do Cemitério de Brotas.
As vítimas algumas já passaram pela situação por mais de uma vez garantem que os assaltantes são os mesmos: dois homens e uma mulher.
O bando age sem se preocupar em esconder o rosto, anda armado e aparenta estar drogados, sempre.
Enquanto um se posiciona ao lado do motorista e o outro junto ao cobrador, a mulher se encarrega de levar os pertences dos passageiros, sem poupar nada. Descem do ônibus com várias bolsas e sacolas e ficam livres para agir novamente.
Se agem com tanta freqüência, se são os mesmos e se nem se preocupam em ter maiores cuidados em não serem pegos, por que será que ainda não foram presos?
Não dá para entender.
Ladeira
É mesmo complicada a entrada e saída de ônibus do Conjunto Vale dos Rios, no Stiep. No local que fica numa ladeira - não há sinalização e os coletivos são obrigados a forçar a barra para fazer a manobra.
O resultado são buzinadas e xingamentos de motoristas de carros pequenos que não querem parar para que os ônibus passem e não gostam quando os motoristas dos coletivos avançam, obrigando que o façam.
A sinalização da área resolveria o problema e reduziria a possibilidade de acidentes.
Marginalidade
A comunidade do IAPI está pedindo socorro.
Ontem, moradores se reuniram para tentar encontrar caminhos que levem à solução do problema da marginalidade no bairro.
Não suportam mais o poder demonstrado por traficantes e ladrões na área.
Vivem à mercê dos bandidos. E sem a proteção da polícia.
Reunidos, ainda que com medo, pretendem se fortalecer para conseguir a atenção das autoridades competentes.
tempopresente@atarde.com.br