Trabalhadores da construção civil paralisaram durante uma hora quatro obras na região da Avenida Tancredo Neves, no início da manhã desta quarta-feira, 2, reivindicando reajuste salarial. Os operários encontram-se em estado de greve desde o último dia 27 de janeiro e cobram acréscimo de 18,7% nos salários, aumento da cesta básica, limitação do contrato de experiência para o período de 30 dias, dentre outras cobranças relativas às condições do trabalho.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção e
da Madeira do Estado da Bahia (Sintracom-Ba), Raimundo Brito, mais de três mil operários cruzaram os braços em protesto. A categoria vem fazendo assembleias e paralisações em obras da cidade desde o final de janeiro.
"As negociações estão sendo mediadas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (antiga DRT). Os patrões só oferecem 5% de aumento e vêm mantendo essa proposta. Caso não cheguemos a um acordo, vamos deflagrar a greve a partir desta quinta-feira", afirmou.
A última assembleia dos trabalhadores da construção civil aconteceu no dia 31, quando a classe decidiu manter o estado de greve pelo menos até esta quinta-feira, 3, quando acontece uma nova assembleia. Às 14h, na sede da antiga DRT, um encontro com os patrões deverá decidir um possível percentual de aumento, além das outras reivindicações.
"A partir do que for decidido nesta reunião, faremos uma assembleia geral, também na quinta-feira, no Largo de São Bento, às 19h. Caso nossas reivindicações não sejam atendidas, iremos manter a greve", declarou o presidente do sindicato.
A reportagem do A Tarde On Line entrou em contato com o Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-Ba), mas o responsável por falar sobre o assunto estava em reunião e ainda não se manifestou.