Análise realizada pelo Inema também inclui a região metropolitana
Apesar das previsões meteorológicas apontarem pancadas de chuva neste final de semana, as praias são uma boa opção para quem ficou em Salvador no feriadão. Mas é preciso estar atento às áreas com mais riscos de afogamento e contaminação. Das 34 praias em Salvador e sua região metropolitana, 14 foram consideradas impróprias para banho pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).
Periperi (atrás da estação férrea), São Tomé de Paripe, Penha (em frente à Igreja de Nossa Senhora da Penha), Pedra Furada (atrás do Hospital Sagrada Família) e Cantagalo (atrás da antiga fábrica de bebidas) são algumas delas.
Na parte alta da cidade, a relação inclui Ondina (em frente ao Posto Shell), Rio Vermelho (em frente à Igreja de Nossa Senhora de Santana), Pituba (atrás do Clube Português), Armação (em frente ao Clube Inter), Boca do Rio (em frente ao Posto Salva-vidas) Patamares, Corsário (em frente ao Posto Salva-vidas), Itapuã (em frente à estátua da sereia) e Buraquinho (em frente à barraca Chalé).
Bactéria - A análise das praias se baseia no índice da presença de uma bactéria (oriunda das fezes humanas) na água. "Recolhemos as amostras. Se nelas, existirem um nível de 800 unidades da bactéria, a praia está imprópria", diz a engenheira sanitarista e especialista em meio ambiente, Cláudia do Espírito Santo. A bactéria é levada para o mar, na maioria dos casos, pelo curso de rios que se tornaram esgotos. A análise dura cerca de cinco semanas.
"A maioria das praias é contaminada porque é foz de rio que lança esgoto no mar", afirma a especialista. Conjuntivite, dermatites, hepatite do tipo A, cólera, diarreia e infecção por protozoários são algumas das doenças que podem ocorrer devido ao banho em áreas consideradas impróprias. "Crianças e idosos estão mais suscetíveis", diz Cláudia do Espírito Santo.
Usar toalhas e cadeiras como proteção para se sentar na areia, além de uma boa higienização corporal após sair da praia são algumas das recomendações para evitar danos à saúde. Outras informações sobre a balneabilidade das praias de Salvador e da região metropolitana podem ser obtidas com o Inema, pelo telefone 3116-3200 ou via o site www.inema.ba.gov.br.
Afogamentos - Este ano, ocorreram 855 afogamentos na capital baiana. Destes, oito foram fatais. O maior índice de casos concentra-se nas praias de Patamares, Jardim de Alah, Praia do Flamengo e Stella Maris, segundo o coordenador da Salvamar, Jardiel Luquine.
"As pessoas precisam, antes de entrar no mar, procurar um salva-vidas, ver se há a bandeira vermelha, que indica perigo, e, claro, usar a própria intuição. Notar a força da água, se tem ventos fortes, evitar cantos de pedras", afirma o coordenador.
Outra dica é em relação a bebida alcoólica. "Se beber muito, não tome banho. Se for com criança, não a perca de vista", acrescenta. A Salvamar tem 42 postos para cobrir a área entre Jardim de Alah e Praia de Aleluia. Do Costa Azul até as praias da Cidade Baixa, quem atende é o Grupamento Marítimo no Corpo de Bombeiros (GMar).