Em plenária marcada para as 14 horas desta quarta-feira, 10, em Brasília, profissionais de enfermagem vão discutir se param no Dia de Mobilização Nacional de Vacinação contra a Gripe. A campanha de vacinação será no próximo dia 20.
A categoria está mobilizada para conseguir uma carga horária semanal de trabalho de 30 horas. A atual jornada de trabalho é de 44 horas.
Como primeira atividade da mobilização, os enfermeiros fizeram ontem uma marcha em Brasília. O protesto reuniu cerca de 2,5 mil profissionais na Esplanada dos Ministérios. A categoria também exige melhores condições de trabalho.
Processo
A redução da carga horária está prevista no projeto de lei 2295/2000 que tramita na Câmara dos Deputados.
"A carga horária de 30 horas já existe para os profissionais que atuam no setor público, mas ainda não é oficializada", disse a integrante do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-BA), Maria José Cova.
O argumento de que a redução faria com que os enfermeiros aumentassem a carga horária semanal com vários empregos motivou a rejeição da proposta na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara.
"A aprovação do projeto irá resultar em melhor qualidade do serviço oferecido ao público. Vários profissionais são afastados com doenças cardiovasculares, depressão e outros problemas", disse a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado da Bahia (Seeb), Lúcia Duque.
Outra reivindicação da categoria é a determinação de piso salarial de R$ 4.780 para enfermeiros; de R$ 3.346 para os técnicos e de R$ 1.912 para os auxiliares.
"Com melhores salários e carga horária reduzida não há motivo para ir em busca de vários empregos", disse a presidente do Seeb. Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem somam 1,8 milhão no País e 500 mil na Bahia.