Grupo se acomoda como pode embaixo do viaduto
Um contingente cada vez maior de sem-teto ocupa parte do entorno do Dique do Tororó, mais precisamente sob o viaduto Rômulo Almeida (perto da Av. Vasco da Gama e Vale dos Barris). Ali, eles se alimentam e dormem.
A equipe de A TARDE esteve no local para conferir a situação desses "moradores" do Dique do Tororó. Bancos de cimento e madeira servem de cama para muitos deles e finos cobertores minimizam o efeito do vento mais frio, típico desta época do ano.
A equipe também presenciou o momento em que uma das pessoas em situação de rua tomava banho nas águas sujas do Dique. Ao sair, o sem-teto disse que esta é a única maneira de lavar o
corpo.
Alimento garantido - Outro pedinte, que não se identificou, disse que encontra comida diariamente. "Tenho um lugar certo para comer. Todos os dias, vou ao restaurante e eles me dão comida", disse. Onze pessoas em situação de rua foram encontradas no local.
Também no Dique do Tororó, observa-se há algum tempo a ausência de alguns painéis que contêm artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, expostos no passeio, em direção ao Estádio da Fonte Nova.
Segundo a assessoria da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), o material integra um projeto desenvolvido em parceria com a Caixa Econômica Federal (CEF), por um período de seis meses. Como o contrato já venceu, os painéis estragados estão sendo retirados do local e a Conder estuda a sua substituição por novas peças, com mensagens de cunho educativo para a população.
A assessoria também informou que o órgão não é responsável pela retirada dos moradores de rua do Dique do Tororó e que a função da Conder é promover ações nas áreas de limpeza, jardinagem e manutenção.