"O Mais Médicos vai ajudar a fortalecer a atenção básica", afirmou Padilha durante evento
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve em Salvador nesta sexta-feira, 19, para participar de uma reunião com o governador Jaques Wagner, além de prefeitos e secretários municipais de saúde da Bahia, para estimular a adesão das prefeituras ao Programa Mais Médicos. Durante o encontro, um pequeno grupo de manifestantes, formado por sindicalistas da área de saúde, interrompeu a fala do ministro e reclamou do projeto.
Logo após o protesto, que foi pacífico, Padilha retomou a palavra e afirmou que "o Mais Médicos vai ajudar a fortalecer a atenção básica, que é capaz de resolver 80% dos problemas de saúde sem a necessidade de recorrer a um hospital. E o que faz diferença no atendimento à população é o médico presente na unidade básica de saúde perto de casa. Não se faz saúde sem bons profissionais", disse o ministro.
Lançada pela presidenta da República Dilma Rousseff na semana passada, a iniciativa ampliará a presença de médicos em regiões carentes, sobretudo nos municípios do interior e na periferia das grandes cidades.
Até esta quinta, 18, o programa já registrou 13.857 médicos e 1.221 municípios inscritos. Do total dos profissionais que aderiram ao programa, 11.147 se formaram no Brasil e 2.710 no exterior. Além disto, 12.701 são de nacionalidade brasileira e 1.156 são estrangeiros. Durante o evento em Salvador, cerca de 100 municípios baianos já manifestaram interesse em participar do Mais Médicos.
O governador Jaques Wagner defendeu a participação de todos os municípios no programa e destacou que a ação deve diminuir o déficit de médicos no interior do estado, que tem, em média, 0,7 médicos por 1.000 habitantes. "Para a gente ter uma ideia, a Argentina tem 3,5 médicos para mil habitantes, Portugal tem quatro e nós, se tirarmos as cidades grandes, temos um índice abaixo de 1/1.000. Por isso, o governo federal resolveu agir e esperamos melhorar o atendimento da saúde básica da população", enfatizou Wagner.
As inscrições para médicos e municípios seguem abertas até 25 de julho e podem ser feitas pelo site do Ministério da Saúde. Após esta data, serão abertos outros processos seletivos. No cadastro, os prefeitos e secretários de saúde devem indicar as unidades básicas de saúde de suas regiões em que há falta de médicos.