Movimento Passe Livre durante ocupação da Câmara Municipal de Salvador
Após integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) ocuparem as dependências da Câmara Municipal de Salvador, nesta segunda-feira, 22, o presidente da casa, Paulo Câmara (PSDB), se comprometeu a se reunir nesta terça, 23, com os manifestantes. O encontro foi marcado para as 14h.
A Câmara informou, em nota, que vai apresentar a pauta de votações da sessão de quarta, 24, que será definida na reunião do Colégio de Líderes, incluindo projetos de mobilidade urbana que tramitam na Casa, de autoria de diversos vereadores.
Paulo Câmara assumiu, também, o compromisso de tentar intermediar uma audiência do MPL com o prefeito ACM Neto. O presidente frisou que a Casa estará sempre aberta e receptiva a discutir as reivindicações do movimento, lembrando que no dia 11 de julho realizou audiência pública, com duração de 4h30, para debater a pauta encaminhada ao prefeito e ao governador.
De acordo com informações da Câmara, os integrantes do MPL entregaram aos vereadores um novo documento, ressaltando os sete itens prioritários, a começar pela redução imediata da tarifa para R$2,50, além da ampliação do Domingo é Meia para os usuários do Salvador Card e o fim da revalidação do Smart Card, entre outras reivindicações.
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Ocupação
A manifestação desta segunda na Câmara não havia sido agendada pelos manifestantes. O grupo, de cerca de 30 pessoas, entrou na galeria do prédio pouco antes das 16h - minutos depois de a sessão da Casa ser suspensa por falta de quórum. Os manifestantes prometem permanecer no local até que uma reunião seja marcada com o prefeito ACM Neto.
Ao mesmo tempo em que realizou a ocupação, o grupo divulgou uma mensagem à população, na qual se compromete a não realizar "atos de vandalismo ou esbulho" no prédio e convida "todos os que apoiam" as reivindicações do grupo a "se juntar" à manifestação.
Em uma página do grupo nas redes sociais, os organizadores do protesto convocam os apoiadores a ir à porta da Câmara contra possíveis ações policiais no local. "Saia da sua casa agora para fazer vigília e impedir qualquer tipo de agressão policial", diz o comunicado. "Vamos fazer uma virada cultural, com poesias, música, dança, etc".