Carlos vende sombrinhas de R$ 7 a R$ 10 nas proximidades do Salvador Shopping
Em meio a transtornos causados na cidade pelas fortes chuvas, o comerciante Carlos Antônio Oliveira diferencia-se da maioria por se beneficiar com as águas caídas do céu. Ele chega a lucrar até R$ 350 com a venda de sombrinhas e guarda-chuvas em dias assim, o que equivale a mais da metade do que ganha normalmente em um mês.
"O pessoal que anda a pé não quer molhar a roupa e sempre está com um guarda-chuva nas mãos. Vendo muito nos dias de chuva e quero que continue chovendo para eu pagar as minhas contas", disse.
O comerciante, que ganha perto de R$ 600 por mês, conta que o lucro nas vendas aumentou depois que mudou seu ponto de venda para a frente do Salvador Shopping.
"Vendia as mercadorias na avenida Sete de Setembro, mas por um preço bem menor, porque o pessoal lá não quer pagar mais do que R$ 5 numa sombrinha. Aqui, as pessoas querem coisa boa, e as sombrinhas variam de R$ 7 a R$ 10", explica.
No momento em que a equipe de A TARDE conversava com o comerciante, o operador de carga Anderson Luiz Lima parou para comprar um guarda-chuva. "Preciso me prevenir da chuva, que daqui a pouco ela volta a aparecer", disse.
Estação Iguatemi, rodoviária, Avenida Sete de Setembro, Comércio e outros pontos do Centro da cidade são locais onde se encontram muitos vendedores de guarda-chuvas. As mercadorias são vendidas a preços que variam de R$ 5 a R$ 15, dependendo do material.
Pedestres
As pessoas que precisaram utilizar o transporte público nesta quinta-feira, 10, tiveram um teste de paciência na espera do coletivo. "Fiquei horas no ponto até meu ônibus passar. A cidade está um transtorno", reclamou o motorista Cristiano Pinto, que pegou o ônibus na avenida San Martin.
Por conta dos vários pontos alagados na cidade, muita gente também teve que encarar até duas horas de engarrafamento dentro dos coletivos. "O ônibus em que eu estava ficou preso no Jardim Cruzeiro por mais de duas horas. O jeito foi sair do coletivo e seguir a pé até o Uruguai", conta o frentista Marcelo dos Santos.
A operadora de caixa Marlene Santos contou a dificuldade de voltar para casa, no Cabula, saindo da San Martin. "Com essa chuva toda, fica mais difícil chegar em qualquer lugar, porque os ônibus atrasam ainda mais".