Muitos fiéis foram ao cemitério do Campo Santo homenagear os entes queridos mortos
No dia da tradição religiosa de culto à memória daqueles que já se foram, os cemitérios de Salvador se tornam espaço de muita emoção e saudosismo. Na manhã deste sábado, 2, o Jardim da Saudade, em Brotas, e o Campo Santo, na Federação, receberam muitos familiares e amigos para homenagear os entes queridos já mortos.
No Jardim da Saudade, o bispo Dom Gilson celebrou uma missa às 10h na presença de muitos fiéis e lembrou a importância da eucaristia. "A certeza da morte nos coloca diante da responsabilidade da vida", disse ele, durante a cerimônia.
A movimentação no cemitério é grande. Cumprindo a homenagem anual, o grupo que faz tributo ao cantor Raul Seixas reuniu 20 pessoas, que bebiam em memória do artista. Diante do túmulo, eles também cantaram um refrão da música Meu amigo Pedro, de autoria de Raul e Paulo Coelho: "Pedro onde você vai eu também vou / Pedro onde você vai eu também vou / Mas tudo acaba onde começou".
Presente na homenagem, o motorista Pedro Ferreira - que é de Porto Seguro e mora em Salvador há 5 anos - disse que desde que chegou à capital baiana vai todo ano ao tributo. "Cada ano que venho é um dia de vida que tenho a mais", brincou.
No Campo Santo, não foi diferente. O culto ecumênico, às 11h, reuniu representantes da Igreja Messiânica, do candomblé, da umbanda, do catolicismo e do espiritismo.
A tradição de finados é comum na Igreja Católica desde o século V, mas foi popularizada em 998, na França, quando um abade do mosteiro de Cluny ordenou que os monges orassem pelos mortos.
O dia é comemorado no mundo todo, variando apenas na forma de celebração.

Familiares foram aos cemitérios para cuidar dos túmulos (Fernando Vivas | Ag. A TARDE)