Fabiana Valverde acreditar que o grande problema das festas na Barra é a má organização dos realizad
Fabiana Valverde, que mora na Barra há 35 anos, não aprovou a transferência da festa da virada para a Cidade Baixa em 2013.
"Fiquei triste com o Réveillon no Comércio, porque adorava a festa no Farol", confessou a advogada.
"Acho que é uma perda para o nosso bairro não sediar a celebração do Réveillon, porque já era uma tradição, tanto para nós, moradores, quanto para quem mora em outros pontos da cidade e vinha passar a virada aqui", opinou.
Fabiana Valverde disse acreditar que o grande problema das festas na Barra não é o tamanho dos eventos, mas "a má organização dos realizadores e a falta de educação das pessoas que frequentam esses eventos".
"A gente pode ter festa sem xixi, sem caos no trânsito, sem lixo na rua. Mudar o evento de lugar não resolve o problema", disse.
"Mas o estado de degradação da Barra realmente é grande. As obras de revitalização já deviam ter sido feitas há muito tempo, e espero que tragam de volta a essência do bairro. Aí, o Carnaval pode voltar a ser o que era", ponderou a moradora.
Megafesta
Segundo dados da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Salvador (Secom), o público estimado em Salvador no Carnaval 2013 foi de 1,7 milhão de pessoas, sendo que grande parte frequentou o circuito Dodô.
De acordo com a Secom, pelo menos 300 mil pessoas chegaram em Salvador via aeroporto, e a ocupação hoteleira no local chegou a 94%.
Em 2013, a prefeitura anunciou um pacote de R$ 111,6 milhões (com recursos próprios e do Governo Federal) para revitalização da orla de Salvador.
Deste montante, R$ 57,7 milhões foram destinados apenas a projetos de iluminação, paisagismo e recuperação de vias da Barra.
Cronograma
A primeira parte das obras começou em setembro último e está prevista para terminar em fevereiro, a tempo para o Carnaval.