95% dos camarotes ficam no final da Barra e Ondina
Alguns moradores da Barra acreditam que o melhor é transferir o circuito Dodô para lugares como o Centro Administrativo ou a Paralela, mas empresários rebatem que o impacto econômico no setor de entretenimento seria enorme.
Joaquim Nery, sócio da Central de Carnaval, líder de vendas de abadás afirmou que não existe perspectiva de o circuito deixar de existir: "Tirar o Dodô significa matar 80% do Carnaval".
Para Nery, "cerca de 95% dos camarotes ficam no final da Barra e Ondina. Quinta, sexta e sábado, a Barra tem mais força e suporta cerca de 70% de todos os blocos".
Adequação
Sérgio Bezerra é morador da Barra, comandante da banda Habeas Copos e dono do bar de mesmo nome. Na opinião dele, o Carnaval deve se adequar ao tamanho do bairro. "Instrumento de sopro não incomoda ninguém. Na quarta-feira de Carnaval, por exemplo, temos só blocos alternativos e funciona bem".
Questionado se o movimento em bares e restaurantes cairia, Bezerra, foi taxativo: "O Carnaval, para o comércio, não é esse oxigênio que se pensa. O investimento para manter a casa aberta é alto, em relação ao que se arrecada. O mercado informal é uma concorrência forte".