Acordo com governo cubano prevê restrições a entrevistas
A equipe de reportagem de A TARDE tentou, sem êxito, na sexta-feira, conversar com alguns cubanos que chegaram a Salvador no dia anterior. Eles participavam de um curso preparatório do Grande Hotel da Barra, em Salvador.
De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), entrevistas com os cubanos devem seguir regras específicas, tais como haver um assessor do governo ao lado. Segundo a Sesab, isto faz parte de acordo firmado com o governo cubano.
O propósito da entrevista era saber as expectativas dos médicos quanto ao trabalho e também saber a opinião deles quanto à elevação do repasse pelo governo cubano.
O governo brasileiro repassa ao cubano, por meio da Opas, R$ 144 milhões mensais (ou R$ 1,36 bilhão anuais). Feito o desconto do repasse aos médicos, o valor final para o governo dos irmãos Castro é de R$ 1,24 bilhão. Se for concedido o reajuste, o valor cai para R$ 1,05 bilhão anuais.
A TARDE também entrevistaria na sexta cubanos que trabalham em três postos administrados pela Prefeitura de Salvador, mas os médicos estavam em treinamento.
Na capital, trabalham 34 cubanos. Dois moram em alojamentos e 32, em imóveis alugados. Na Bahia, há 1.094 profissionais no Programa Mais Médicos. O governo aguarda outros 383. A intenção é atingir o número de 1.447 profissionais médicos no estado.