Macaco (dir.) foi detido na companhia de Wellington, o Bico, no bairro de Pau da Lima
Parece que Marcelo Alexandre Nascimento de Jesus, 32 anos, o Macaco, sentiu saudades do período em que ficou detido no Complexo Presidiário da Mata Escura.
Vinte e quatro horas após deixar o local, ele voltou para trás das grades, na tarde desta quinta-feira, 16. Macaco havia ficado 15 dias preso, por suspeita de tráfico de drogas.
Ele e o comparsa, Wellington dos Santos Almeida, 30, o Bico, foram detidos por policiais da 50ª CIPM (Sete de Abril), em uma residência, na localidade conhecida como Portelinha, em Pau da Lima.
Com eles, foram apreendidos 14 quilos de maconha, 250 gramas de cocaína, uma pistola calibre 380, dois carregadores de pistola calibre 9 milímetros e material para ser usado na embalagem das drogas. Eles foram levados ao Departamento de Homicídios (DHPP).
Conforme o soldado Adelson, a guarnição recebeu a informação de que a dupla havia recebido um carregamento de drogas e que tinha entrado na mata.
Cercados
Eles estavam na varanda da casa e, quando nos viram, entraram. Não havia jeito de fugir. Eles estavam cercados", afirmou o PM. Segundo ele, a casa fica numa região de difícil acesso.
"É tudo meu, vou livrar. O cara não estava com nada, ele só está me acompanhando na algema", declarou Bico, dizendo que vai assumir o material apreendido.
Ele revelou que trafica para um homem conhecido como Jai Gordo e que faz parte da facção Caveira.
"Ia pensar nisso. Assim que a mercadoria chegou, perdi", lamentou ele, afirmando que ainda não sabia quanto seria o lucro com a venda das drogas apreendidas.
Apontados como responsáveis por alguns homicídios em Pau da Lima, eles foram interrogados ontem à tarde pela delegada Clelba Teles, da 2ª Delegacia de Homicídios (DH-Central).
Hoje eles serão apresentados à imprensa. "Graças a Deus, nunca matamos ninguém. Nosso negócio é vender drogas, é ganhar dinheiro", afirma Bico, que alega inocência.